Lavouras de trigo já registram perda de qualidade
Cultura está sendo afetada pelas chuvas
A cultura do trigo vem enfrentando uma realidade desafiadora no Brasil. A situação atual é marcada por variações significativas entre os estados, e a principal influência recai sobre as condições climáticas, especialmente as chuvas excessivas.
De acordo com os dados divulgados pelo Boletim Semanal das Condições das Lavouras da Conab, as chuvas abundantes têm exercido um impacto considerável na qualidade e produtividade do trigo no ciclo atual, afetando principalmente Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No Paraná, que já colheu 75% de suas lavouras, a situação é mais promissora. O restante segue em bom desenvolvimento, em contraste com outros estados afetados pela alta pluviosidade.
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Santa Catarina enfrenta avanços lentos na colheita devido às instabilidades climáticas. Essas condições adversas impactam a qualidade das lavouras e dos grãos colhidos. Doenças de final de ciclo e alterações no pH dos grãos devido à germinação na espiga preocupam os agricultores. Regiões do Extremo-Oeste relatam grãos de baixa qualidade, reclassificados como triguilho, principalmente devido à alta pluviosidade pós-maturação.
No Rio Grande do Sul, a colheita avança apesar da umidade elevada nos grãos. Essa medida é tomada para evitar uma degradação ainda maior da qualidade, mas resulta em custos adicionais de secagem. As condições de alta umidade e temperatura propiciam o surgimento de doenças fúngicas e bacterioses, comprometendo a eficácia dos defensivos agrícolas. O baixo pH nos grãos colhidos indica problemas na qualidade final. Além disso, fenômenos como o acamamento e a debulha espontânea ocorreram em algumas áreas, diretamente relacionados às condições climáticas adversas.
São Paulo e Minas Gerais parecem ser os estados menos afetados pelas condições climáticas adversas. Quase todas as lavouras já foram colhidas, e os rendimentos médios são considerados bons em São Paulo. Em Minas Gerais, a colheita foi totalmente finalizada, demonstrando uma situação mais estável em relação ao trigo.
Considerando os 8 estados em questão, a colheita aumentou de 41% na semana anterior para 51,8% no levantamento mais recente. Índice 21,2% acima do registrado no mesmo período na safra passada.
Neste relatório, examinamos os últimos números da colheita de grãos em diferentes regiões do Brasil, destacando os avanços significativos e as razões por trás dessas mudanças.
Minas Gerais - 100% de colheita concluída
Em Minas Gerais, a colheita deste ano atingiu a marca de 100%, representando um aumento de 0.4% em relação ao último monitoramento. Este resultado demonstra eficiência na gestão das lavouras e é uma notícia positiva para os produtores da região.
Rio Grande do Sul - aumento de 20% na colheita
O Rio Grande do Sul apresentou uma mudança significativa, com a colheita saltando de 3% na safra de 2022 para 23% no dado mais recente. Uma parte desse aumento pode ser atribuída à necessidade de colher grãos com maior teor de umidade, evitando perdas mais expressivas. Uma estratégia eficaz para otimizar os rendimentos.
Paraná - avanço de 23% na colheita
Os números revelam um impressionante avanço na colheita do Paraná, que saltou de 50% na safra de 2022 para 73% este ano. Essa evolução sugere uma gestão eficaz das lavouras, mesmo diante de desafios climáticos que poderiam ter sido problemáticos. Um exemplo de como o planejamento cuidadoso pode superar obstáculos.
Santa Catarina - adiantamento na colheita
Santa Catarina mostra um ritmo de colheita mais adiantado do que na safra anterior, com um índice de 8% atualmente. Esse avanço precoce é uma resposta à tentativa de mitigar os danos causados pelas chuvas excessivas e o surgimento de doenças de final de ciclo. Uma estratégia eficiente para minimizar perdas.
São Paulo - manutenção do bom ritmo
São Paulo parece ter mantido um ritmo constante de colheita, registrando um avanço de 13% em relação à semana anterior. Isso pode ser atribuído a um manejo eficiente ou condições climáticas mais favoráveis em comparação com outras regiões. Demonstrando a importância da adaptação às condições locais.
O material foi elaborado pelo metereologista do Portal Agrolink com revisão e colaboração de Aline Merladete