Japão gostaria que a UE suspendesse as restrições aos alimentos
O Japão acolheria com satisfação a suspensão das restrições da União Europeia às importações de alimentos
O Japão acolheria com satisfação a suspensão das restrições da União Europeia às importações de alimentos impostas após um acidente nuclear de 2011 desencadeado por um grande terremoto e tsunami, disse um porta-voz do governo na sexta-feira.
O jornal Nikkei noticiou na sexta-feira que a UE estava nos estágios finais para suspender todas as restrições à comida japonesa. Não identificou suas fontes.
As proibições estão em vigor desde que o terremoto e o tsunami destruíram a usina nuclear de Fukushima Dai-ichi, na costa leste do Japão, ao norte de Tóquio, provocando vários derretimentos.
"Entendemos que há alguns movimentos positivos para suspender as restrições, o que nós, como governo japonês, saudamos", disse o porta-voz Hirokazu Matsuno em entrevista coletiva diária em Tóquio.
Ele disse esperar que a flexibilização das restrições ajude na reconstrução de áreas que foram devastadas pelo desastre nuclear.
O terremoto e o tsunami de 2011 mataram quase 20.000 pessoas em um trecho da costa do Pacífico do Japão. Os colapsos na usina nuclear forçaram a evacuação de dezenas de milhares de residentes.
O relatório sobre o levantamento das restrições vem uma semana antes da visita do chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, ao Japão para apresentar as conclusões de sua agência sobre a segurança de um plano japonês de liberar água da usina nuclear de Fukushima no oceano.
O Japão planeja liberar 1,3 milhão de toneladas métricas de água que foi exposta à radiação dentro da usina destruída, depois de remover a maioria de seus elementos radioativos.
A água a ser liberada, que tem sido usada principalmente para resfriar reatores danificados, terá vestígios de trítio, um isótopo difícil de remover da água.
A AIEA realiza uma revisão de segurança do plano desde 2021. Ela disse que inauguraria um escritório na usina de Fukushima durante a visita de Grossi.
Fonte: Reuters com tradução Agrolink*