Italianos armazenam frutas em cavernas

Produtores de maçã no norte da Itália estão armazenando suas frutas em cavernas nas montanhas para economizar energia. O grupo Melinda, em Predaia, criou 34 áreas de refrigeração 300 metros abaixo do solo, armazenando cerca de 30 mil toneladas de maçãs. Espera-se que essa quantidade aumente para 40 mil toneladas. Um teste mostrou uma economia de 32% no consumo de eletricidade com essa abordagem.

De acordo com o portal Wired, logo após a colheita, as maçãs são colocadas imediatamente em unidades de armazenamento, onde o ar é bombeado através de filtros de oxigênio, criando um ambiente com 99% de nitrogênio e 1% de oxigênio. Dentro de quatro dias, a maturação das maçãs diminui ao ponto em que podem ser conservadas por até 11 meses. Antes de utilizar as cavernas, as rochas são resfriadas com gás a uma profundidade entre cinco e sete metros, o que mantém uma temperatura constante de 1 grau Celsius.

O grupo Melinda foi o responsável pela criação da primeira unidade de armazenamento em 2014, com um custo de 8,8 milhões de euros. Cada unidade tem capacidade para armazenar dez mil toneladas de maçãs. O objetivo final é estabelecer cinco unidades interligadas por um corredor central de serviços.

Em conclusão, a utilização de cavernas para armazenar maçãs no norte da Itália demonstra uma abordagem inovadora e sustentável por parte dos produtores. A criação das áreas de refrigeração subterrâneas pelo grupo Melinda tem proporcionado uma redução significativa nos custos de energia, além de permitir o armazenamento de grandes quantidades de frutas em um ambiente controlado.

 Através do bombeamento de ar filtrado e do controle preciso da temperatura, as maçãs podem ser conservadas por longos períodos, prolongando sua vida útil. Com planos de expandir essa iniciativa para cinco unidades interligadas, essa prática promete trazer benefícios tanto econômicos quanto ambientais para a indústria de maçã na região.