Irrigação foi fundamental para a safra de arroz 20/21
É uma redução de 50% no consumo de água
Para correr cada vez menos riscos com as variações climáticas, produtores de arroz estão investindo na irrigação por pivô central. A tecnologia tem feito a diferença nos resultados da safra.
No Rio Grande do Sul, estado que produz cerca de 70% do grão no país, o sistema foi destaque na safra 20/21, especialmente no período de estiagem que assolou as lavouras entre o final de 2020 e o começo deste ano. "Devido ao baixo volume de água utilizado pelo pivô central na cultura de arroz, os agricultores que usam a ferramenta conseguiram manter suas áreas planejadas, mesmo com os baixos níveis de chuva", diz Henrique Levien, diretor da Infosafras.
O especialista destaca que a irrigação das lavouras de arroz por pivô central impulsiona a produtividade e reduz custos. Ele explica que a irrigação por inundação, tradicional no plantio de arroz gaúcho, quando comparada ao pivô central, tem gastos superiores. “No arroz, a inundação gasta 10.000m³ de água por hectare, enquanto a irrigação por pivô central gasta 5.000m³. É uma redução de 50% no consumo de água, entregando os mesmos resultados na colheita”, comenta.
Outro diferencial possibilitado pela irrigação por pivô central é a rotação de culturas, que protege o solo e potencializa a produção. “Hoje, o arroz tem um casamento muito bom com a soja. Em um ano, o produtor pode plantar arroz, e no outro, soja. O pivô central atende perfeitamente essas duas culturas. Como temos um verão muito bem definido, que é seco, essa tecnologia vai auxiliar ambas. Isso dilui os custos de aquisição para o produtor”, afirma.