A Central de Inseminação Artificial em Suínos (Cias) da Associação de Criadores de Suínos do Estado (Acsurs), localizado em Estrela, deve comercializar este ano entre 42 mil e 45 mil doses de sêmen, o maior volume da história do laboratório. A estimativa é do presidente da Acsurs, Gilberto Moacir da Silva. No ano passado, a produção foi de 37.655 doses, mas o maior número - 37.976 doses - foi registrado em 1989.
Criado em 1975, com o objetivo de melhorar o padrão genético do rebanho gaúcho de suínos, o Cias, conta hoje com 40 reprodutores das raças Duroc, Landrace, Large White e híbridos. Segundo o dirigente, em granjas que trabalham com duas inseminações no intervalo de 12 horas, o resultado médio é de 89% de partos.
Silva explicou que, em função de questões financeiras, algumas prefeituras e sindicatos conveniados aplicam apenas uma dose de sêmen por cio. O preço de cada dose é de R$ 6,90, mas, para os associados da Acsurs e conveniados, reduz para R$ 3,45. 'A maior parte das doses é comercializada dentro do RS, mas, esporadicamente, vendemos para outros estados.' Silva informou que, hoje, 75 prefeituras mantêm convênio com o Cias.
As ampolas de sêmen de suíno, ao contrário do que ocorrre com o material de bovino, são apenas resfriadas, sendo mantidas à temperatura de 15 a 18 graus Celsius. O material é coletado todos os dias pela manhã e, às 7h, já está industrializado e pronto para ser enviado aos compradores.
O transporte é realizado em ônibus. Segundo Silva, uma das principais regiões consumidoras das doses é a região da colônia italiana, que abrange os municípios de Casca, Marau e Serafina Corrêa. Hoje, a Acsurs mantém 210 inseminadores cadastrados.