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Inpev projeta a retirada de 9,5 mil toneladas de embalagens tóxicas do mercado


O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), criado para coordenar a coleta e a posterior destinação das embalagens usadas de agrotóxicos no Brasil, estima que serão retiradas do mercado doméstico e tratadas corretamente nos termos da Lei 9.974 cerca de 9,5 mil toneladas de material plástico, metálico, de papelão e de vidro acumulado de 2003.

O volume previsto equivale a 40% das embalagens de defensivos que circulam no país todos os anos. A lei - que disciplina a destinação de embalagens vazias de produtos fitossanitários e entrou em vigor em maio do ano passado -, prevê que 100% delas sejam recolhidas e enviadas ou para reciclagem ou para incineração.

Perante a nova legislação, a responsabilidade por esse trabalho é dividida por toda a cadeia produtiva. O não cumprimento pode ser punido até com detenção, entre dois e quatro anos. O gerente de logística do Inpev, Mário Kazuchira, acredita que os 100% serão alcançados em 2006. Até lá, deverão ser consolidados investimentos de US$ 25 milhões em toda a infra-estrutura necessária para atender às novas regras.

"Nos Estados Unidos, cujo mercado de defensivos é o triplo que o nosso e onde há 12 anos existe um programa semelhante, foram retiradas e tratadas 3,3 mil toneladas de embalagens em 2002, ante 3,8 mil no Brasil. Por isso, acho que estamos no caminho certo", observa André Litmanowicc, diretor da consultoria Arthur D. Little, que participou da estruturação do Inpev.

No primeiro semestre deste ano, informa Fuji, foram recolhidas 3,1 mil toneladas. Pelas regras atualmente em vigor, os agricultores têm de lavar, armazenar e, em um ano, entregar suas embalagens vazias em postos ou centrais de recolhimento; as revendas, por sua vez, colaboram na administração desses postos e centrais, enquanto as indústrias dão às embalagens sua destinação final.

Há, hoje, 99 postos e 73 centrais de recolhimento espalhadas pelo país; a idéia é chegar a 250 postos e de 120 a 150 centrais. O investimento necessário apenas para esses projetos supera R$ 18 milhões. A cadeia também conta com duas recicladoras, em Louveira (SP) e Barra do Piraí (RJ), focadas em plástico. Das embalagens retiradas do mercado no primeiro semestre de 2003, 74% eram de plástico e 18% de material metálico; o restante, de papelão ou vidro.

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