Inovação na irrigação do arroz

Um estudo inovador na Colômbia, focado na otimização do uso da água nas lavouras de arroz, revelou que métodos de irrigação de risco podem reduzir a pegada hídrica entre 43% e 53%. A pesquisa, liderada por Jenniffer Carolina Triana Martínez, doutoranda em Engenharia – Automática da Universidade Nacional da Colômbia (UNAL), utilizou modelos de aprendizado de máquina para desenvolver estratégias de irrigação personalizadas. Com o apoio do professor Andrés Marino Álvarez Meza, as técnicas visam adaptar o cultivo do arroz aos desafios das mudanças climáticas e à necessidade de economia hídrica na agricultura.

O projeto RiceClimaRemote destacou o sistema de Irrigação com Múltiplas Entradas (MIRI), que aplica água apenas onde é necessária, em contraste com a irrigação em cascata, que distribui a água de forma contínua e uniforme, levando a desperdícios. Foram realizados dois ciclos de testes: o primeiro em 2021, focado em diferentes técnicas de irrigação e monitoramento por drones; e o segundo em 2022, que aprimorou os métodos com base nos resultados anteriores.

Os resultados mostraram que o MIRI pode reduzir o uso de água em 54% no primeiro ciclo e 35% no segundo, em comparação com a irrigação tradicional. A combinação do MIRI com o método de irrigação alternada seca-úmida resultou em economias adicionais de 48% e 43% nos dois ciclos, respectivamente, sem impactar a produtividade.

As conclusões do projeto evidenciam que é possível cultivar arroz de forma mais eficiente, utilizando tecnologias que conservam recursos hídricos. O modelo desenvolvido em Tolima pode ser replicado em outras regiões do mundo, posicionando a região como um exemplo de resiliência e inovação frente aos desafios climáticos.