Infravermelho ajuda na germinação do algodão
Esse método é mais ágil e econômico
Uma pesquisa inovadora sobre a análise de germinação de sementes de algodão utilizando espectroscopia de infravermelho próximo (NIR) foi reconhecida internacionalmente. O trabalho, conduzido por Darlei Oliveira, egresso do Programa de Pós-graduação em Química da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), recebeu o prêmio de segundo melhor pôster na categoria Quimiometria durante o 21º Encontro Nacional de Química Analítica (ENQA) e o 9º Congresso Ibero-Americano de Química Analítica (CIAQA), realizados em setembro, em Belém (PA).
Atualmente doutorando na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Darlei desenvolveu a pesquisa em parceria com a professora Maria Fernanda Pimentel (UFPE), o pesquisador Everaldo Medeiros (Embrapa Algodão) e a coorientadora Simone Simões (UEPB). O estudo propõe um método portátil e não destrutivo, integrando espectroscopia NIR e quimiometria, para classificar sementes de algodão conforme sua capacidade germinativa. Esse método é mais ágil e econômico em comparação às análises tradicionais, que demandam infraestrutura laboratorial e mão de obra especializada.
A professora Maria Fernanda destacou a relevância da colaboração entre UFPE, Embrapa e UEPB no desenvolvimento do projeto, ressaltando a importância de parcerias regionais para solucionar desafios agrícolas e promover a sustentabilidade. Para Simone Simões, o reconhecimento no evento é uma prova da qualidade científica e da pertinência da união entre universidades e setores produtivos. “Foi gratificante, especialmente em um evento que reúne os principais pesquisadores da área. Isso destaca o sucesso e a relevância da colaboração entre a universidade e os setores produtivos, como a Embrapa”, afirmou. O reconhecimento internacional ocorreu no mês de outubro.