A CPI das Carnes voltou a ouvir representantes da indústria na tarde de ontem (15-09). A primeira oitiva ficou por conta do diretor da Sadia, Jurandi Orlandi. Ele confirmou que os contratos com os produtores integrados são feitos de maneira unilateral, sem condições de negociação. Já o diretor regional da Perdigão, Nilvo Mittanck, destacou que o produtor integrado de suínos entra com as instalações e a mão-de-obra. "A remuneração dos criadores segue critérios de produção e desempenho técnico", afirmou Mittanck.
Ele garantiu que o preço médio pago ao produtor aumentou no último mês e criticou o sistema de inspeção sanitária. Para o presidente da CPI das Carnes, deputado Jerônimo Goergen (PP), os dois depoimentos desta segunda-feira reforçam ainda mais a necessidade de acareação entre varejo e indústria. "Eles nos apresentaram informações técnicas já conhecidas. Segue a prática da acusação mútua, um elo culpando o outro pela retenção da maior parte do lucro", destaca Jerônimo.
Na próxima segunda-feira (22-09), a CPI das Carnes tomará o depoimento de representantes do setor da segurança pública, como Brigada Militar e Polícia Civil. As secretarias da Fazenda e da Saúde, assim como a diretoria do Carrefour, também serão convocadas a depor.