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Indústria investe em celulose solúvel

O principal produto extraído é a viscose, que vem ganhando espaço na indústria têxtil



Foto: Marcel Oliveira

O setor de papel e celulose tem destaque no agronegócio brasileiro, com uma receita bruta muito grande de quase R$ 100 bilhões e correspondendo a 1,2% do PIB do país.  Além dos ganhos financeiros, o setor gera quase 4 milhões de postos de trabalho, possui 9 milhões de hectares de área de plantio, sendo 1,2 milhão de hectares em São Paulo. Em contrapartida, o setor tem outros 5,9 milhões de hectares de áreas de vegetação nativa preservadas. Isso significa que a área preservada é de 55%.

Para o presidente-executivo da Associação da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Paulo Hartung, é preciso desmistificar cada vez mais o trabalho do segmento acompanhando o mercado consumidor que exige informação, está interessado na rastreabilidade e nos processos de produção dos produtos que consome. “Da mesma forma que o setor planta, ele conserva. O Brasil tem uma janela de oportunidade no mundo. No entanto, um dos desafios é melhorar o ambiente de negócios para as empresas”, sinalizou.

O setor investe pesado em pesquisa para desenvolver produtos cada vez mais sustentáveis como o uso de papelão ao invés de caixas de madeira para frutas, verduras e legumes, por exemplo.  As embalagens de papelão colaboram para diminuir as perdas. 
Outro desafio está na produção de celulose solúvel. O principal produto extraído desta matéria-prima é a viscose, que vem ganhando cada vez mais espaço na indústria têxtil. Apostando na demanda crescente de mercado, uma empresa, líder global produção de celulose solúvel, investiu no Projeto Star, no município de Lençóis Paulista (SP).

A expansão prevista para ser concluída até o segundo semestre de 2021 deve representar o maior investimento privado no Estado de São Paulo nos últimos 20 anos, alcançando a marca de R$ 8 bilhões. Com isso a capacidade de produção passa das atuais 250 mil toneladas/ano para mais 1,250 milhão de toneladas/ano, de forma a atingir 1,5 milhão de toneladas por ano.

Além da produção de celulose solúvel, a empresa desenvolveu uma tecnologia única para esta unidade. A fábrica também fornecerá e distribuirá energia equivalente para atender 750 mil residências. O projeto contará com uma subestação isolada a gás de 440 KV, que aumentará a segurança no sistema de fornecimento de energia verde para a rede nacional, que será gerada a partir da queima da fração orgânica do licor (sistema de recuperação química).

“Atualmente, contamos com 9.500 pessoas envolvidas em todo o projeto. Ele foi desenvolvido para se conectar à rede nacional de distribuição de energia e não há outra fábrica que se instalou dessa maneira. Inovamos e contamos com uma subestação que é só usado em hidrelétricas de grande porte”, explicou o diretor geral da Bracell São Paulo, Pedro Wilson Stefanini.

*com informações da assessoria de imprensa
 

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