Índia sente impacto financeiro das restrições às exportações

Em 21 de dezembro, a Reuters informou que as tentativas da Índia de controlar a inflação alimentar, reduzindo as exportações de trigo, arroz e açúcar, resultaram em um déficit estimado entre 4 e 5 bilhões de dólares, conforme indicado por uma fonte anônima. No entanto, um funcionário do governo argumentou que o crescimento nas exportações de outros produtos agrícolas, como carne, frutas e vegetais, deverá compensar esse déficit.

Durante uma recente conferência de imprensa, Rajesh Agarwal, secretário do Ministério do Comércio, afirmou que, excluindo produtos agrícolas cujas exportações são controladas, as exportações aumentariam em mais de 4%. A Índia, o segundo maior produtor mundial de trigo, suspendeu as exportações desse cereal em maio de 2022, uma medida que permanece em vigor há 19 meses. Apesar de não ser historicamente um participante significativo no comércio global de trigo, a Índia sempre ocupou uma posição de destaque nas exportações de arroz, respondendo por cerca de 40% do comércio mundial desse grão.

Devido ao aumento recente nos preços dos alimentos, o governo indiano proibiu as exportações de arroz não basmati e impôs um imposto de 20% sobre as exportações de arroz parboilizado. Oscar Tjakra, analista do RaboResearch Food and Agribusiness, observou que as restrições às exportações de cereais tiveram sucesso limitado na redução dos preços, destacando que, apesar da proibição das exportações de trigo, os preços internos desse cereal na Índia atingiram o ponto mais alto em quase oito meses em setembro de 2023.