Incertezas trazem instabilidade ao câmbio
“Além disto, o preço internacional do petróleo fez com que a Petrobras reajustasse preços domésticos"
O novo relatório do Rabobank indicou que as incertezas externas estão trazendo volatilidade ao câmbio. “O fim do aperto monetário pelos principais bancos centrais ainda pode levar investidores a procurar por operações de carry trade na América Latina”, comenta o banco.
“Mas, como os bancos centrais da região já começaram seu processo de relaxamento monetário, uma eventual apreciação do real não seria tão forte como no primeiro semestre, diante de um quadro fiscal ainda frágil e incertezas globais — p. ex., El Niño e crescimento na China. Assim, vemos o câmbio a 5,05 ao fim de 23 e 5,15 ao fim de 24”, completa.
Após chegar ao piso em Jun-23 (3,2% a/a), a inflação ao consumidor voltou a subir com a reoneração de combustíveis. “Além disto, o preço internacional do petróleo fez com que a
Petrobras reajustasse preços domésticos. A inflação de alimentos continua benigna e suavizando a alta dos combustíveis, mas deve acelerar no fim do ano devido à sazonalidade. O El Niño ainda é um risco significativo. Esperamos inflação de 5,1% em 2023 e 3,9% em 2024”, indica.
“Além disto, o preço internacional do petróleo fez com que a Petrobras reajustasse preços domésticos. A inflação de alimentos continua benigna e suavizando a alta dos combustíveis, mas deve acelerar no fim do ano devido à sazonalidade. O El Niño ainda é um risco significativo. Esperamos inflação de 5,1% em 2023 e 3,9% em 2024. O Copom cortou taxa Selic em 0,50% levando-a a 13,25% em agosto. O comitê mencionou que, apesar da desinflação na margem, os núcleos de inflação continuam elevados frente um mercado de trabalho aquecido”, conclui.