Importações de soja da China mudam dos EUA para o Brasil
A busca por autossuficiência em soja e outros grãos e oleaginosas foi estabelecida como um objetivo
De acordo com informações da Reuters, as importações chinesas de soja passaram por uma mudança significativa em julho, com a China aumentando suas compras de oleaginosas do Brasil devido a uma safra abundante e preços mais baixos. Em contraste, as importações dos Estados Unidos sofreram uma queda acentuada, apresentando uma redução de 62% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A Administração Geral de Alfândegas da China divulgou dados que revelaram esse panorama. Durante o mês de julho, as importações dos EUA diminuíram consideravelmente, enquanto as aquisições provenientes do Brasil experimentaram um aumento de 32%, segundo informações da Reuters.
A China, tradicionalmente o maior importador global de soja, historicamente dependeu tanto do Brasil quanto dos Estados Unidos para suprir suas demandas de oleaginosas. No entanto, nos últimos anos, houve uma inversão nesse cenário. O Brasil assumiu um papel mais central, respondendo por aproximadamente 64% das importações chinesas de soja no ano até o momento. Por outro lado, os Estados Unidos foram o segundo maior fornecedor, contribuindo com cerca de 32% das importações durante os primeiros sete meses de 2023, de acordo com dados mencionados pela Reuters.
A busca por autossuficiência em soja e outros grãos e oleaginosas foi estabelecida como um objetivo prioritário pela China, como parte de seu Plano Agrícola Quinquenal em vigor até 2027. Apesar desses esforços, projeções do Serviço Agrícola Estrangeiro do Departamento de Agricultura dos EUA indicam que as importações chinesas de oleaginosas atingiram um recorde de 100 milhões de toneladas durante o ano comercial de 2022-23, com expectativas de cerca de 99 milhões de toneladas para o ano comercial atual.