Importações de químicos batem recorde em valor mensal
“Em termos de quantidades físicas, as aquisições de produtos químicos movimentaram volume recorde de 22,9 milhões de toneladas"
Os dados das Importações de produtos químicos somam US$ 7,8 bilhões em maio, o que representa um recorde em valores mensais, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). “O déficit na balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 23,5 bilhões no acumulado dos cinco primeiros meses deste ano (valor 59,4% superior àquele de igual período em 2021) e a inédita marca de US$ 55 bilhões em bases anualizadas”, comenta.
“Esse recorde de saldo negativo nos últimos 12 meses (de junho de 2021 a maio de 2022) é resultado das importações de US$ 71,4 bilhões e das exportações de US$ 16,4 bilhões, em produtos químicos, respectivamente aumentos de 17,5% e de 13,4% na comparação com os dados consolidados de 2021”, completa.
Entre janeiro e maio, os produtos para o agronegócio (US$ 9,9 bilhões em fertilizantes e seus intermediários e US$ 3,3 bilhões em defensivos agrícolas) e os produtos farmacêuticos (US$ 6,3 bilhões) foram os principais grupos da pauta de importação brasileira de produtos químicos, representando, juntos, praticamente 2/3 do total de US$ 30,6 bilhões importados pelo País no período. “Já quanto às exportações, o grupo de produtos inorgânicos diversos (especial destaque para alumina calcinada) foi aquele com maiores vendas ao exterior, de US$ 2,3 bilhão, aumento de 35% na comparação com igual período do ano anterior, representando praticamente 1/3 de todas as vendas externas, que foram de US$ 7,1 bilhões, entre janeiro e maio”, indica.
“Em termos de quantidades físicas, as aquisições de produtos químicos movimentaram volume recorde de 22,9 milhões de toneladas, aumento de 6,5% [mesmo no contexto das dificuldades logísticas decorrentes de retenções quarentenárias de navios de longo curso e equipamentos de transporte em importantes portos asiáticos no combate contra nova fase da pandemia da COVID19 e econômicas com turbulência na oferta global de insumos e de matérias-primas por razoes da Guerra da Rússia contra a Ucrânia], ao passo que as vendas ao exterior foram de 6,4 milhões de toneladas; recuo de 2,6% em relação aos registros entre janeiro e maio do ano passado”, conclui.