Impacto da Índia no mercado de óleo de palma
O aumento das importações e a alta demanda interna na Índia afetam diretamente os pre
O óleo de palma, o óleo vegetal mais consumido globalmente, é amplamente utilizado em alimentos e cosméticos. Em 2022/23, o consumo mundial atingiu cerca de 78 milhões de toneladas métricas, com destaque para a Índia, maior importadora global desse produto. A análise de Vipul Bhandari, Head of Desk da Hedgepoint EMEA, revela a importância da Índia no mercado de óleo de palma e os impactos econômicos dessa dinâmica.
O óleo de palma é valorizado por seu alto rendimento, produzindo mais óleo por hectare do que qualquer outra planta oleaginosa, o que contribui para seu baixo custo e alta qualidade. A Índia, apesar de ser o segundo maior consumidor mundial, é apenas o 13º maior produtor, atingindo 305 mil toneladas métricas em 2023, de acordo com o USDA. O país importa mais que o dobro do volume adquirido pela China, destacando-se como um dos principais motores do mercado global.
A dependência da Índia por importações tem levado o governo a implementar a Missão Nacional de Óleos Comestíveis (NMEO), que visa expandir a área cultivada de óleo de palma para reduzir a dependência externa. A meta é cultivar 1 milhão de hectares até 2025 e aumentar a produção para 1,12 milhões de toneladas. A Índia também busca fortalecer acordos com a Malásia para melhorar a cooperação na produção de óleo de palma.
O aumento das importações e a alta demanda interna na Índia afetam diretamente os preços globais do óleo de palma, pressionando os principais exportadores como Indonésia e Malásia. Flutuações nos preços também impactam outros produtos, como o óleo de soja. O governo indiano pode utilizar ferramentas como a redução de taxas de importação para gerenciar o equilíbrio de preços no mercado.