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Ibama suspende queimadas no Mato Grosso do Sul


O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) suspenderá as queimadas controladas, usadas pelos produtores rurais, no mês de agosto. De acordo com o coordenador do Prevfogo (Prevenção de Incêndios Florestais) do órgão, Márcio Yule, a multa para quem desrespeitar a proibição será de até R$ 1,5 mil o hectare.

A suspensão das queimadas controladas tem caráter educativo e preventivo, já que o próximo mês é historicamente mais quente e seco. A portaria será assinada esta semana pelo superintendente regional do Ibama, Nereu Fontes, que discutiu a decisão com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e representantes dos produtores rurais.

A estiagem já completa de 15 a 20 dias, dependendo da região do Estado. A umidade relativa do ar vem girando em torno de 25% a 30% em Campo Grande, o que possibilita a proliferação de incêndios florestais. Yule prevê que a queimada controlada volta a ser liberada no mês de setembro.

Queda

Este ano, o Ibama autorizou a queima controlada em 77 propriedades, totalizando 5,8 mil hectares. No ano passado foram autorizadas 448 áreas, alcançando 85 mil hectares. De acordo com Yule, houve queda porque a área queimada no ano passado foi muito grande. No ano passado, o instituto incentivou a queima controlada preventiva – queimando áreas agrícolas para evitar incêndios florestais. Medida semelhante, de suspender a queima controlada, foi adotada pelo Ibama em 2000.

O produtor rural que desrespeitar a decisão estará sujeito à multa de R$ 1 mil por hectare de pastagem queimada. No caso de mata, o valor da punição por hectare será de R$ 1,5 mil.

Números

De janeiro a julho deste ano foram registrados 1.144 focos de calor no Estado, segundo dados do Prevfogo. Houve redução de 40% em relação ao mesmo período do ano passado, quando ocorreram 1.880 queimadas. Durante todo o ano passado ocorreram 12,9 mil focos de calor em MS.

Yule atribui a redução à melhor distribuição das chuvas (ocorreram durante todo o primeiro semestre), produtor rural mais consciente e devido ao grande número de queimadas no ano passado.

O Prevfogo orienta o produtor rural a realizar nova queimada na área após três anos para não empobrecer o solo. Nesse período, a terra se recupera e evita a degradação.

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