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Gripe aviária derruba ações da JBS, BRF e Marfrig

O futuro mostra dias nebulosos para o mercado de proteína animal



Foto: Divulgação

O futuro mostra dias nebulosos para o mercado de proteína animal. Pelo menos é o que prevê os especialistas do setor. ouvidos pela reportagem do portal RuralNews. Esse período delicado é atribuído ao aumento do número de casos de gripe aviária, com a confirmação de oito no total até o momento, sendo sete no Estado do Espírito Santo e um no Rio de Janeiro.

No mais recente relatório da Goldman Sachs, os casos recentes envolvendo a gripe aviária podem colocar em risco uma fatia considerável da receita das companhias do setor. Bastou o governo federal decretar o estado de emergência zoossanitária para os efeitos já serem sentidos nas ações dos frigoríficos no mercado econômico.

Os frigoríficos que possuem em seu portfólio a carne de frango e têm capital aberto na Bolsa de Valores já sentiram o duro golpe, alguns das quais registrando quedas consideráveis, como é o caso da JBS, BRF e Marfrig.

Na B3, a Marfrig encerrou a sessão de terça-feira registrando uma queda de 5,28%, o maior percentual do pregão entre os papéis que compõem a Ibovespa. Já a BRF, apresentou uma retração de 4,91%, terceira maior queda do dia e a JBS, uma queda um pouco mais leve em comparação com as demais, chegando a 0,93%.

Apesar de a medida adotada pelo governo federal ter caráter preventivo, os investidores estão temerosos com uma possível redução da oferta de aves comerciais.

Em entrevista exclusiva concedida ao Portal Rural News, a superintendente da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Tania Zanella, comenta que o índice de mortalidade em animais contaminados pela Influenza Aviária de Alta Patogenicidade é alto, podendo chegar a 100% das aves infectadas.

“Uma eventual contaminação nos aviários comerciais pode levar à perda completa da granja. Além da mortalidade relacionada à enfermidade, a Organização Internacional de Epizootias estabelece que todas as aves expostas à infecção sejam sacrificadas”

Ou seja, a detecção da doença em um aviário comercial acarretará perda de animais mais elevado do que o número de aves acometidas, elevando os impactos sobre a produção.

Em relação à demanda, a preocupação, na avaliação da OCB, está no risco da suspensão das exportações, o que resultaria na diminuição das vendas ao mercado externo e no aumento da oferta doméstica de carne, pressionando os preços internos.

IMPACTOS NA BALANÇA COMERCIAL

“O embargo às importações de aves vivas, ovos e carne por tempo indeterminado, é uma medida que compradores internacionais podem adotar, como forma de prevenir a disseminação da doença”, alerta Tania Zanella. Quanto maior a participação das exportações nas vendas da cadeia produtiva, maior será o impacto da restrição externa.

No Brasil, quase um terço da produção de carne de frango é destinada a outros países.

De acordo com a OCB, o Ministério da Agricultura e Pecuária seguem desempenhando o seu papel e alertando a população que não colheram as aves que encontrarem doentes ou mortas. Que faça o acionamento do serviço veterinário mais próximo para evitar que a doença se espalhe.

Por enquanto, o status sanitário brasileiro permanece inalterado junto à Organização de Saúde Animal.

A reportagem é do Portal Rural News. 

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