Greve dos portuários argentinos está longe de acabar
Protestos ocorrem há um bom tempo
As greves dos trabalhadores de portos de grãos na Argentina para protestar contra a paralisação das negociações salariais atrasaram os embarques e ainda estão longe de acabar, informou a Reuters. Um porta-voz do sindicato URGARA, que representa os inspetores que verificam a qualidade dos grãos antes do embarque dos navios, disse que as paradas surpresa continuarão conforme necessário.
As conversas sobre salários já acontecem há vários meses. As greves foram lançadas após o término de um prazo para negociação entre o sindicato e as empresas exportadoras, informou a Reuters. Os protestos afetaram a área agroexportadora de Rosário e Bahía Blanca.
O conflito surge em um momento em que uma grande união tem ameaçado separadamente com uma ação de greve sobre pagamentos de pandemia, atualmente sob mediação do governo. A Argentina é o maior exportador mundial de farelo de soja processado e óleo de soja, e um dos maiores vendedores de soja in natura.
“O diálogo é aberto com o URGARA, mas por enquanto estamos distantes em nossas posições”, disse à Reuters uma fonte da Câmara de Portos Comerciais Privados (CPPC) que pediu para não ser identificada.
“Eles realizam medidas intermitentes, elas variam”, comentou a fonte do CPPC sobre os trabalhadores em greve. “Em alguns casos eles param os embarques, em outros impedem a entrada de caminhões (com grãos) ou não fazem hora extra”, completou.
O protesto do URGARA ocorre em um momento em que outros sindicatos do setor agrícola do país também exigem aumentos salariais para compensar a alta inflação, embora haja menos movimento nos portos argentinos nesta época do ano, uma vez que os agricultores estão em fase de plantio.