Grafeno: A revolução tecnológica
O grafeno se mostrou 200 vezes mais resistente que o aço
Durante o Warm Up Mercoagro, evento promovido pela Feira Internacional de Negócios, Processamento e Industrialização da Carne (Mercoagro 2025) em parceria com o Pollen Parque Científico e Tecnológico, o químico Ricardo Oliveira apresentou um panorama fascinante sobre o grafeno. Ele comparou o material a uma "folha isolada de um baralho de cartas", uma explicação simples, mas impactante para descrever suas propriedades únicas. A descoberta do grafeno rendeu o Prêmio Nobel de Física em 2010 aos cientistas Andre Geim e Konstantin Novoselov, criando uma nova área científica graças à sua condutividade elétrica excepcional e resistência superior.
Entre as propriedades destacadas por Oliveira, o grafeno se mostrou 200 vezes mais resistente que o aço, extremamente leve e não tóxico. Além disso, ele pode ser produzido de forma sustentável, utilizando rejeitos vegetais e animais, embora sua produção em larga escala ainda enfrente desafios de custo e eficiência.
Na indústria de alimentos, o grafeno apresenta aplicações revolucionárias, especialmente em embalagens inteligentes. Essas embalagens podem contar com propriedades antimicrobianas, barreiras avançadas contra gases e umidade e sensores para monitorar a qualidade dos produtos, como “línguas” e “narizes” eletrônicos. Outro destaque é a possibilidade de imprimir grafeno diretamente sobre alimentos para monitoramento em tempo real, utilizando tecnologia Wi-Fi.
Oliveira ainda mencionou que o grafeno pode substituir o alumínio em filmes metalizados, criando barreiras contra umidade e óleo, mas com a vantagem de ser reciclável e manter suas propriedades após vários ciclos de reaproveitamento. Apesar do alto custo inicial, ele alertou que investir nessa tecnologia é crucial para empresas que buscam se manter competitivas, já que o grafeno está transformando diversos setores, como o automotivo e o alimentício, com inovações que prometem moldar o futuro da indústria.