O destino da soja transgênica apreendida no Paraná será definido nesta hoje (31-03). Sobre este assunto, o secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, vai conversar com representantes da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e com empresas envolvidas com a comercialização da soja. Pessuti ouvirá dos líderes destas entidades sugestões sobre as ações do governo estadual para cumprir a Medida Provisória (MP) 113, do governo federal.
As autoridades paranaenses prometem rigor aos produtores que transgridem a legislação e insistem em cultivar e comercializar produtos geneticamente modificados. O alerta foi feito pelo diretor-geral da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Newton Pohl Ribas. Ele disse, ainda, que o cumprimento da MP 113, assinada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no último dia 26, não vai minimizar o rigor com que o Departamento de Fiscalização da Secretaria da Agricultura (Defis) e a Empresa de Classificação do Paraná (Claspar) agem contra a transgressão no Paraná.
Segundo Ribas, o Paraná não é um produtor de soja transgênica e os clientes internacionais, principalmente da Europa, sabem disso. No Estado foram apreendidas 891 toneladas de soja geneticamente alterada na safra 2002/2003, o que é considerado um volume bastante pequeno se comparado ao total que o Estado deve colher nesta safra, estimado em 11 milhões de toneladas. As autoridades identificaram grãos transgênico da oleaginosa em 117 propriedades, cultivados por 75 produtores.