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Goiás discute estratégias para combate à brucelose e tuberculose em animais

Grupo vai se reunir para debater e atualizar o plano de ação para 2024



Foto: Alexandre Teixeira

Nesta quinta-feira (14/03), a Comissão Estadual de Combate à Brucelose e à Tuberculose no Estado de Goiás realizará uma reunião para debater os avanços na identificação e combate dessas duas zoonoses no Estado. O encontro terá início às 9 horas, no auditório da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), em Goiânia (GO). Este será o primeiro encontro do grupo em 2024.

De acordo com o divulgado pela Agrodefesa, representantes do poder público, entidades de classe, universidades, sindicatos e outros participantes que integram a comissão são esperados para discutir estratégias e atualizar o plano de ação para o ano corrente. A ideia é atribuir tarefas que se adequem a cada órgão e entidade envolvidos, visando a melhoria dos índices de identificação, controle e erradicação das duas zoonoses no Estado. Nesta ocasião, a comissão também receberá membros da Câmara Técnica de Conciliação da Cadeia Láctea para uma participação conjunta no planejamento estratégico.

O gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Rafael Vieira, destaca a importância das reuniões trimestrais da comissão para discutir estratégias de trabalho. Segundo ele, Goiás está na categoria D em relação à brucelose. “Hoje, em relação à brucelose, o Estado ocupa a categoria D, numa escala de nível de risco que vai de A a E, sendo E o nível mais crítico. Temos uma prevalência de mais de 10% de propriedades com foco de brucelose, o que é preocupante”, alerta.

Vieira ressalta que a vacinação contra a brucelose é crucial e deve ser feita em todas as fêmeas entre três e oito meses, uma única vez na vida do animal. “É importante frisar que a vacinação contra a brucelose é voltada a todas as fêmeas entre três e oito meses, uma única vez na vida do animal. Essa vacinação é feita de forma controlada e reportada pelo produtor, ou veterinário responsável, no Sistema de Defesa Agropecuária (Sidago)”, destaca.

Quanto à tuberculose, não há vacina nem cura, e os animais identificados como positivos devem ser encaminhados ao abatedouro para evitar a contaminação do rebanho. A tuberculose apresenta índice de prevalência bem mais baixo, de 3,43%. Na classificação de risco, Goiás ocupa a posição C, em uma escala de A a E, onde E é o índice mais crítico. “Temos uma taxa de prevalência entre 3% a 6% das propriedades. Para melhorarmos nesse quesito precisamos aprimorar a detecção dos focos da doença e tornar o saneamento de tais focos como obrigatório, porque hoje eles não são realizados de maneira compulsória”, argumenta Rafael. 

A Comissão Estadual de Combate à Brucelose e à Tuberculose no Estado de Goiás foi criada em julho de 2021 pela Agrodefesa, reunindo representantes de entidades públicas e privadas que lidam com a questão dessas doenças no estado.

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