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Geomembranas e sustentabilidade na cana-de-açúcar

A aplicação da vinhaça nas plantações de cana-de-açúcar é exemplo


“A implementação das geomembranas transformou o manejo" “A implementação das geomembranas transformou o manejo" - Foto: Arquivo Agrolink

O setor sucroenergético brasileiro alcançou marcos significativos na última temporada, com recordes de produção e exportação de açúcar e etanol anidro, conforme dados da Conab. O crescimento de 17% em relação ao período anterior foi impulsionado pela alta demanda por combustíveis sustentáveis e pela adoção de tecnologias inovadoras, como geomembranas de polietileno de alta densidade (PEAD). Estas geomembranas estão revolucionando o manejo de recursos hídricos e subprodutos nas usinas, consolidando o Brasil como líder global em agroenergia.

“A implementação das geomembranas transformou o manejo de recursos hídricos e resíduos nas usinas, promovendo uma agricultura mais sustentável. Sua principal função é prevenir a perda de água por infiltração, protegendo assim o solo e os lençóis freáticos contra a contaminação por substâncias químicas”, relata Sérgio Costa, Engenheiro Civil e Ambiental, mestre em Geotecnia e Geossintéticos na Nortène.

A aplicação da vinhaça nas plantações de cana-de-açúcar exemplifica uma prática sustentável no setor sucroalcooleiro, aproveitando resíduos do processo produtivo de etanol como fertilizante. Isso elimina a necessidade de descarte em locais específicos e reduz o uso de fertilizantes químicos, sendo tanto econômica quanto ambientalmente vantajosa. No entanto, é crucial um manejo cuidadoso devido ao alto potencial de contaminação da vinhaça, que pode alterar o pH do solo e afetar o crescimento das plantas em altas concentrações, como destaca Sérgio Costa. 

O uso de sistemas revestidos por geomembranas de PEAD minimiza os riscos ambientais, graças à resistência química e baixa permeabilidade desses materiais, essenciais para o transporte e armazenamento seguro da vinhaça. “À medida que o setor avança, a adoção dessas tecnologias se mostra cada vez mais crucial para o desenvolvimento sustentável e a competitividade internacional das usinas brasileiras”, completa Costa.
 

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