Geada no Paraná: Como ficou o trigo?

Circularam informações sobre a situação do trigo após o evento das geadas no Paraná. A TF Agroeconômica, em posse de dados divulgados pelo Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), esclareceu que os números que circulam no mercado não coincidem com os oficiais. Até o momento, apenas 1% das lavouras do estado foi colhido. 

Das áreas restantes, 21% estão em fase de maturação e não devem sofrer novos impactos climáticos, enquanto 57% estão em floração e frutificação e 22% ainda não entraram na fase reprodutiva, sendo imunes às geadas. No entanto, dentro desses 57% das áreas suscetíveis, estima-se que aproximadamente um terço, ou cerca de 20% da área total, esteja localizado em regiões onde foram registradas temperaturas negativas, concentradas principalmente nas regiões Norte e Oeste do estado. 

Nessas áreas, as geadas, apesar de terem sido consideradas leves em algumas localidades, ainda preocupam devido ao potencial de causar danos em diferentes níveis.  Esses danos podem variar desde pequenos estragos, que impactam minimamente a produtividade, até perdas totais das lavouras. No entanto, uma avaliação mais detalhada e precisa só será possível com a obtenção de novos números, que devem ser atualizados na próxima semana.

Atualmente, segundo o Deral, 16% das áreas de trigo no Paraná estão em condições ruins, 21% em condições medianas e 63% em boas condições. Apesar de a região Sul do estado ter sido a mais atingida pelas geadas, ainda assim apresenta lavouras em boas condições. No Rio Grande do Sul, a TF Agroeconômica informou que, embora as geadas tenham sido intensas, o estágio atual de desenvolvimento das lavouras de trigo sugere que os prejuízos não deverão ser significativos.