Futuros registram queda nos EUA

A soja e os grãos caíram nas negociações da noite para o dia em meio à ampla oferta global. A produção brasileira da oleaginosa está estimada em um recorde de 163 milhões de toneladas métricas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o que se concretizado seria um recorde.

As exportações estão estimadas em 97 milhões de toneladas métricas, acima dos 95 milhões de toneladas do ano anterior e bem à frente dos 79,1 milhões de toneladas embarcadas dois anos antes, mostram dados do USDA. Dados alfandegários do país sul-americano mostram que as exportações na primeira semana de outubro totalizaram um milhão de toneladas.

Os preços dos cereais também caíram durante a noite, à medida que a produção russa de cereais continua a crescer. A produção de cereais russa este ano está prevista pela consultora russa IKAR, ou Instituto de Estudos do Mercado Agrícola, em 141,2 milhões de toneladas métricas, um pouco acima da previsão anterior.

Nesse contexto, os preços de exportação no país diminuíram recentemente, o que pode tornar a oferta russa mais atraente para os compradores estrangeiros. A produção de trigo na Rússia é estimada pelo USDA em 85 milhões de toneladas métricas. Isso está abaixo dos 92 milhões de toneladas métricas do ano anterior. Ainda assim, as exportações estão previstas em 49 milhões de toneladas contra 46 milhões de toneladas um ano antes.  

Os futuros da soja para entrega em novembro caíram 8,5 centavos de dólar, para US$ 12,55 ¾ por bushel durante a noite na Bolsa de Chicago. O farelo de soja caiu US$ 2,10, para US$ 372,50 a tonelada curta, enquanto o óleo de soja perdeu 0,78 centavos, para 53,15 centavos a libra.

Os contratos futuros de trigo para entrega em dezembro despencaram 11 1/4 ¢, para US$ 5,61 ½ por bushel, e os futuros de Kansas City caíram 11 ¢, para US$ 6,75 por bushel. O milho para entrega em dezembro caiu 3 1/2 centavos, para US$ 4,84 ¾ o bushel.