Futuros de milho caem no comércio noturno dos EUA
O clima na América do Sul segue influenciando
Nas negociações da madrugada, os futuros do milho nos Estados Unidos registraram queda, influenciados pelo clima favorável no Brasil e pelo início do plantio nos estados do sul. Segundo Don Keeney, meteorologista agrícola da Maxar, as chuvas desta semana atenderam às expectativas, beneficiando diversos estados brasileiros, incluindo Mato Grosso, Goiás e São Paulo.
Essas chuvas continuam previstas para esta semana, impulsionando a segunda safra de milho, conhecida como safrinha. Keeney observou que as chuvas nas regiões centro-norte e noroeste do Brasil contribuirão para melhorar a umidade do milho safrinha.
Enquanto isso, na Argentina, espera-se um clima mais seco, o que possibilitará a secagem do milho e da soja, acelerando a colheita precoce, conforme destacado pelo meteorologista. Nos Estados Unidos, os plantadores estão progredindo, com 46% da safra do Texas já plantada, representando uma ligeira queda em relação ao ano anterior, mas ainda acima da média dos últimos cinco anos. No Arkansas, 4% da safra de milho foi plantada no início da semana, superando os números do ano anterior e a média para esta época do ano, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Esses eventos refletiram nos preços futuros do milho, que caíram 5 centavos, atingindo US$ 4,27 1/2 por bushel na Bolsa de Chicago. Da mesma forma, os futuros da soja para entrega em maio e o farelo de soja também registraram quedas, enquanto os contratos futuros de trigo acompanharam a tendência, com redução de 3 1/2 ¢ e 4 1/2 ¢, respectivamente.