Futuros agrícolas em alta nos EUA

Os contratos futuros de soja saltaram nas negociações da noite para o dia depois que o Departamento de Agricultura dos EUA cortou suas perspectivas para a produção na Argentina. A produção no país sul-americano está agora projetada em 33 milhões de toneladas métricas, abaixo da previsão anterior de 41 milhões de toneladas, devido a "condições de clima seco e quente", disse o USDA em suas estimativas mensais de oferta e demanda agrícola mundial (WASDE). relatório na quarta-feira.

Analistas ouvidos pela Reuters esperavam que o USDA projetasse uma produção de 36,7 milhões de toneladas. Grande parte da Argentina, o maior exportador mundial de farelo de soja e óleo de soja, foi atingida pelo que é supostamente a pior seca em seis décadas, de acordo com a bolsa de grãos de Rosario.

O CREA, um consórcio de empresas agrícolas do país, disse no início desta semana que as perdas podem chegar a mais de US$ 20 bilhões devido à seca. A produção no Brasil, no entanto, ainda é vista em um recorde de 153 milhões de toneladas pelo USDA. A produção global está agora prevista em 375,2 milhões de toneladas métricas, abaixo da previsão de fevereiro de 383 milhões de toneladas, disse a agência. Os estoques finais em todo o mundo no final do ano comercial de 2022-2023 em 31 de agosto são projetados em 100 milhões de toneladas métricas, abaixo dos 102 milhões do mês anterior.

Os contratos futuros de milho também subiram durante a noite, depois que o USDA cortou suas perspectivas para a produção do grão na Argentina, o terceiro maior exportador mundial do grão, atrás apenas do Brasil e dos EUA. A produção no país sul-americano está agora prevista em 40 milhões de toneladas, abaixo da projeção de fevereiro de 47 milhões de toneladas. Analistas esperavam que o USDA fixasse a produção em 43,4 milhões de toneladas.