Fundos de commodities e energia impulsionam cotações do açúcar
Uma onda tardia de compras de fundos no complexo de commodities e energia impulsionou os preços do açúcar nas bolsas internacionais
Uma onda tardia de compras de fundos no complexo de commodities e energia impulsionou os preços do açúcar ontem (7) nas bolsas internacionais, segundo analistas ouvidos pela Reuters. Após dois dias em baixa, a commodity voltou a subir na ICE Futures de Nova York (açúcar bruto) e Londres (açúcar branco).
O lote março/23 da bolsa norte-americana registrou ganho de 18 pontos, com negócios firmados em 20,84 centavos de dólar por libra-peso. Já a tela maio/23 também subiu 18 pontos, contratada a 19,68 cts/lb. Os demais contratos subiram entre 12 e 16 pontos.
Ainda segundo a Reuters, "os traders parecem se sentir à vontade para aumentar o risco após o forte choque do relatório de empregos da última sexta-feira. Eles estão adicionando posições compradas antes da mensagem otimista de Biden no Estado da União desta noite", disse Dave Whitcomb, chefe de pesquisa da Peak Trading Research.
Os analistas também têm se mostrado céticos em relação aos avisos oficiais de quebra na safra indiana na atual temporada, isso porque, segundo operadores, "a produção até o momento está adiantada à da temporada passada".
Londres
Em Londres, o açúcar branco também fechou valorizado em todas as telas. O vencimento março/23 foi contratado nesta terça-feira a US$ 558,40 a tonelada, valorização de 8,80 dólares no comparativo com os preços da véspera. Já a tela maio/23 subiu 3,60 dólares, negociada a US$ 555,60 a tonelada. Os demais lotes subiram entre 1,20 e 3,30 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno o açúcar cristal registrou o segundo dia seguido de alta pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 129,93 contra R$ 129,74 de segunda-feira, valorização de 0,15% no comparativo.
Etanol hidratado
Pelo sétimo dia consecutivo as cotações do etanol hidratado fecharam no vermelho pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.715,00 o m³, contra R$ 2.744,00 o m³ praticado na véspera, desvalorização de 1,06% no comparativo. No mês o indicador já acumula queda de 4,75%.