Nesta quarta-feira (06.11), uma frente fria começa a influenciar as condições climáticas no Centro-Sul do Brasil, afetando a produção agrícola. De acordo com o meteorologista do Portal Agrolink, Gabriel Rodrigues, a frente fria, embora se desenvolva de forma mais oceânica, deverá contribuir para a formação de corredores de umidade no centro do país, favorecendo chuvas intensas em áreas-chave para a agricultura.
As precipitações estão previstas para o Centro-Oeste, Sul e a metade sul da Região Norte, especialmente sobre Mato Grosso e Rondônia, com projeções indicando volumes superiores a 70 mm. Essas chuvas, essenciais para a irrigação das culturas em estágios iniciais de desenvolvimento, também apresentam um risco ao cronograma de plantio, principalmente para a soja, que enfrenta ritmo de avanço menor do que na última safra. Além disso, as condições úmidas e o calor elevado aumentam a pressão de doenças, como fungos, exigindo um monitoramento rigoroso das lavouras.
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A previsão indica que as chuvas se manifestarão de forma irregular, com alguns pontos registrando volumes consideráveis de até 50 mm, enquanto localidades próximas podem ver apenas nebulosidade. Esse padrão de distribuição pode complicar a cobertura hídrica necessária para culturas como milho e algodão, que requerem uma quantidade equilibrada de umidade.
A partir de sexta-feira, as temperaturas devem cair com o avanço de uma massa de ar mais frio e seco pelo Sul do Brasil, o que poderá trazer mínimas próximas dos 10 °C em áreas de maior altitude, embora sem ameaças de frio extremo. Para os próximos dias, a recomendação é de atenção redobrada no monitoramento fitossanitário, com foco na identificação precoce de doenças que possam comprometer o desenvolvimento das culturas.