Forte queda do dólar afeta movimentação do milho
Compradores se aproveitam do momento e reduzem as referências de compra
De acordo com a Consultoria T&F Consultoria Agroeconômica, a pressão baixista volta ao mercado de milho, motivada pela queda brusca do dólar de 2,08% nesta terça-feira (02.10). “Compradores se aproveitam do momento e reduzem as referências de compra, visto que estão abastecidos. Intermediários e Silos também reforçam a pressão, enquanto produtores tentam segurar os lotes maiores para não tirar o suporte do mercado”, aponta o analista Luiz Fernando Pacheco.
A média pesquisada pelo Cepea nesta terça feira registra queda de 0,78% na média das cotações da B3, trazendo a alta de outubro para apenas 0,02%, para R$ 39,05/saca. Já a média dos preços de Campinas recuou para -0,54%, aumentando as perdas dos dois dias úteis de outubro para 0,83%, para R$ 38,37/saca.
“No mercado interno, poucos negócios foram observados. O mercado se encontra mais ofertado do que a quebra de safra possa sugerir. O ritmo das exportações é lento e as previsões de embarque para esta temporada estão sendo revisados para baixo – para algo em torno de 20 milhões de toneladas, contra a expectativa inicial de 30,0MT”, comenta Pacheco.
Porém, existe outro fator que contribui para a lentidão dos negócios e fraqueza dos preços, segundo a corretora Granoeste, de Cascavel: a rápida implantação da safra de verão, tanto do milho quanto da soja. A do milho sugere o ingresso de produto novo já no início do próximo ano, como a T&F já havia apontado, com a necessidade de vender a safra velha para limpar os armazéns e a de soja permitirá implantação da safra de inverno mais precoce.
“Por outro lado, a retração dos vendedores pode indicar que a pressão sobre os preços pode estar chegando ao fim”, conclui o analista da T&F.