Fitomelatonina: Inovação na proteção das culturas
Bioestimulantes naturais, como os extratos de fitomelatonina, também ganham espaço
Os novos regulamentos da União Europeia (UE) sobre fertilizantes e pesticidas buscam reduzir o uso de componentes não naturais na agricultura. Embora essa seja uma meta global louvável, ela frequentemente entra em conflito com os esforços dos agricultores para obter colheitas abundantes e de qualidade. Marino Bañón Arnao, da Universidade de Múrcia, destaca que a agronomia intensiva, fundamentada na utilização de ferramentas agroquímicas desenvolvidas nos últimos 50 anos, está sendo desafiada pela revolução biológica ou natural, conhecida como agronomia regenerativa.
A nova abordagem propõe o uso de técnicas mais sustentáveis, como a redução gradual de pesticidas sintéticos, otimização de fertilizantes, cuidado com o solo e o uso de maquinário inteligente. Entre as alternativas aos pesticidas químicos estão os agentes de biocontrole, que utilizam organismos naturais para combater pragas, e o uso de feromônios e nanopartículas em fungicidas e inseticidas. Embora esses métodos sejam mais complexos e ainda apresentem resultados variáveis, avanços importantes têm sido feitos no desenvolvimento de pesticidas orgânicos e fertilizantes inteligentes, capazes de melhorar a produtividade sem causar danos ambientais.
Bioestimulantes naturais, como os extratos de fitomelatonina, também ganham espaço, atuando como reguladores do crescimento das plantas e aumentando sua resistência a patógenos. Estudos mostram que esses compostos melhoram a absorção de nutrientes e otimizam o uso de fertilizantes, contribuindo para um manejo mais sustentável e eficiente das culturas, sem comprometer a produtividade. A aplicação dessas práticas permite que os agricultores reduzam os custos e minimizem o impacto ambiental, ao mesmo tempo em que atendem às rigorosas exigências dos novos regulamentos europeus.