O presidente do conselho de administração da Coopersucar, Hermelindo Ruete de Oliveira, disse que os R$ 500 milhões para estocagem de álcool da safra 2003/04 já deveriam ter saído. "O dinheiro deveria ter saído quando anunciado, em maio, mas ainda dá tempo para estocar parte da produção", afirmou. A burocracia impede que o dinheiro chegue aos empresários do setor sucroalcooleiro. Os contratos entre o Tesouro Nacional e os bancos devem ser assinados na próxima semana, como informou ontem a assessoria de imprensa do Banco do Brasil. Ruete de Oliveira calculou em 60% a produção até agosto. Desse total, 25% foi comercializada.
Para o ano-safra, a produção de álcool deve superar 12 bilhões de litros. Do total, 4 bilhões de litros foram comercializados até agosto. Os números referem-se ao Centro-Sul. Considerando o Brasil todo, a produção de álcool salta para cerca de 13,8 bilhões de litros.
Ele fez, hoje, visita de cortesia ao ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. O presidente do conselho assumiu o cargo recentemente e fez questão de acrescentar que só tratará da liberação dos recursos para estocagem com o ministro se houver tempo. A Coopersucar deve produzir 2,8 bilhões de litros de álcool em 2003, entre anidro e hidratado. O número supera a produção de 2,4 bilhões de litros do ano passado. A empresa deve exportar 1,8 milhão de toneladas de açúcar, abaixo dos 2 milhões de 2003.
A maior produção de álcool e a menor exportação de açúcar faz parte de acordo fechado com o governo em fevereiro. O objetivo é garantir o abastecimento interno de álcool. "A expectativa é que as exportações totais de açúcar sejam superiores a 11 milhões de toneladas, mas ainda assim abaixo do resultado de 2002, de 13 milhões de toneladas", afirmou. Rodrigues também recebeu hoje o diretor da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Gustavo Moura.