A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) passará a defender perante o governo federal a legalização dos produtos geneticamente modificados. A decisão da diretoria foi motivada pelo silêncio do governo, que não respondeu dentro em 50 dias sobre as conseqüências dos transgênicos na saúde, no meio ambiente e no mercado. O referido prazo foi dado em reunião ocorrida no dia 5 de maio, em Ijuí, que teve a participação de mais de 50 dirigentes dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais localizados nas regiões que plantam soja.
Conforme o presidente da Fetag, Ezídio Pinheiro, o Movimento Sindical dos Trabalhadores Rurais (MSTR) respeitou esse período. “Diante da falta de resposta do governo, aliada à proximidade da época de plantio, entendemos que é irreversível a semeadura dos transgênicos no Estado”, observa.
A Fetag enviou ofício ao presidente da República sobre a decisão, bem como sugere a Lula que se dê um prazo de três anos como transição, para que os agricultores possam continuar plantando as sementes hoje existentes e que a Embrapa coloque no mercado imediatamente o resultado de suas pesquisas e forneça as variedades de sementes certificadas.
A direção da Fetag acha importante que os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais continuem discutindo o assunto, uma vez que um levantamento da federação apontou que 96% dos sindicatos localizados na área de cultivo de soja defendem o plantio dos transgênicos no Estado.
Mais informações:
Ezídio Pinheiro – 51-9989-3764
Sérgio de Miranda – 51-9951-2896