Feijão com 9% de umidade dificulta venda
“O feijão que mais tem negócios no momento são os intermediários entre cor"
De acordo com o Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (IBRAFE), os comerciantes de feijão-carioca têm enfrentado dificuldades nos últimos dias devido à baixa umidade do produto, o que impacta o empacotamento. A seca, aliada às altas temperaturas e à baixa umidade relativa do ar, tem gerado feijões com níveis de umidade em torno de 9%, o que causa uma quebra superior a 20% durante o processamento. Essa situação afeta diretamente o mercado, que observa uma redução nas negociações de feijão-carioca extra.
No momento, os feijões intermediários, com coloração entre 8 e 8,5, têm sido os mais comercializados, sendo negociados entre R$ 220 e R$ 230, dependendo dos defeitos apresentados. Essa faixa de preço reflete a qualidade do produto e as condições de conservação enfrentadas pelos produtores e comerciantes, que buscam alternativas em um cenário de adversidade climática.
Os lotes de feijões com nota 9 ou superior, que apresentam uma peneira adequada e um teor de umidade em torno de 14%, estão sendo negociados com maior facilidade no mercado. Esses lotes de maior qualidade têm atraído compradores dispostos a pagar até R$ 250, evidenciando a importância da umidade para a valorização do produto. Diante dessa conjuntura, o setor segue atento às condições climáticas, buscando estratégias para minimizar as perdas no processamento e maximizar a qualidade do feijão ofertado ao consumidor final.
“O feijão que mais tem negócios no momento são os intermediários entre cor. 8/8,5 que, conforme o defeito, acabam sendo negociados entre R$ 220/230. O que os comerciantes mais lamentam é a umidade do feijão. Com a atual seca, altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, há feijões com 9% de umidade. A quebra vai bem acima no processamento dos 20%”, disse o IBRAFE.