Feijão: Produtividade define limites
A variação na produtividade é um elemento crucial
A produtividade é um fator determinante no limite de cada produtor agrícola, conforme informações do Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (IBRAFE). Ontem, os produtores que estavam na fase de colheita buscaram compradores dispostos a pagar entre R$ 240 e R$ 250 pelo feijão-carioca nota 9 ou melhor. No entanto, essa faixa de preço não encontrou muitos interessados. A maioria dos produtores relatou ter recebido contraofertas em torno de R$ 230, o que revela um descompasso entre as expectativas dos vendedores e a disposição de pagamento dos compradores.
A variação na produtividade é um elemento crucial que influencia o limite financeiro de cada produtor. Aqueles que obtêm colheitas mais abundantes podem se dar ao luxo de esperar por melhores preços, enquanto os que enfrentam menor produtividade talvez precisem aceitar ofertas inferiores para garantir fluxo de caixa. A unanimidade entre os produtores é que o preço ideal seria R$ 250 por saca, valor que compensaria adequadamente os custos de produção e proporcionaria um lucro justo.
Apesar da preferência por preços mais altos, a realidade do mercado força alguns produtores a serem mais flexíveis. Diante da falta de compradores dispostos a pagar R$ 250, alguns se sentem confortáveis em vender seus produtos por valores entre R$ 220 e R$ 230. Essa aceitação de preços menores pode ser vista como uma estratégia para evitar a estocagem prolongada, que pode resultar em perdas devido a problemas de armazenamento ou deterioração do produto.
Em resumo, a produtividade e a capacidade de negociação de cada produtor são variáveis determinantes na definição dos preços de venda do Feijão-carioca. Enquanto o ideal seria conseguir R$ 250 por saca, a necessidade de liquidez e a falta de compradores dispostos a pagar esse valor forçam muitos produtores a aceitarem ofertas mais baixas, entre R$ 220 e R$ 230, garantindo assim a continuidade de suas operações.