Fechar contas do Plano Safra 2022/23: junho/22 a maio/23
A safra 2022/23 encerra neste mês para dar início a Safra 2023/24, de 01 de julho de 2023 a 31 de junho
Por Luiz Antonio Pinazza
Engenheiro Agrônomo - agronegócio e sustentabilidade
Colaboração Aline Merladete
A safra 2022/23 encerra neste mês para dar início a Safra 2023/24, de 01 de julho de 2023 a 31 de junho. O momento se mostra bem oportuno para avaliar compasso das liberações nas operações de crédito rural em onze meses de julho/2022 a maio/2023. Nesse período, a evolução saltou de R$ 268,5 bilhões para R$ 317,2 bilhões, ou seja, 13,14%. Da meta programada dos recursos para serem aplicados, de U$ 340,9 bilhões, foram cumpridas R$ 317, 2 bilhões, ou seja, 93, 04%. Em termos práticos, essa cifra será alcançada, agora, em junho.
Dos desembolsos realizados, predominaram a linha de crédito de custeio (59,3%), seguido de investimento (26,4%), comercialização (9,7%) e industrialização (4,6%). Mesmo com as travas nos financiamentos, diante da escassez de recursos para equalização, cresceram as operações com custeio e investimento, enquanto na comercialização e industrialização o ritmo avançou mais lento.
Entre a safra 2021/22 para 2022/23, a distribuição passou de:
1.Nos créditos de na Agricultura Empresarial, (10,5%) de R$ 27,5 bilhões para R$ 45,0 bilhões (%) no Programa de Apoio ao Médio Produtor (PRONAMP: + 63,63 %) e de R$ 38 bilhões para R$ 48,8 bilhões no Programa Nacional da Agricultura Familiar (PRONAF: 28,42 +%);
2. Nos Bancos: Públicos, de R$ 162,6 bilhões para R$ 196,7 bilhões (+20,97%); Privados: de R$56,1 bilhões para R$ 55,3 bilhões (-1,43%) e Cooperativas: R$ 46,9 bilhões para R$ 60,5 bilhões (29,0%)
Com a suplementação orçamentária de R$ 200 milhões para a subvenção das linhas de financiamento do Plano Safra 2022/23, o Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa ficaram autorizados a emprestar R$ 7,5 bilhões com taxas de jutos controladas.
A proposta de crédito das entidades do agro para o Plano Safra 2023/24 bate na casa de R$ 400 bilhões. A cifra supera em 17,3% a quanti programada para 2022/23. Para atender essa demanda, o orçamento para equalização das taxas de juros terá aumento significativo. A programação inicial prevista para o ciclo 2022/23 totalizava o valor de R$ 12,4 bilhões, sendo R$ 8,6 bilhões para a agricultura familiar e R$ 3,8 bilhões para médios e grandes produtores.