O Brasil começou ontem gestões junto aos governos do Cone Sul para que aprofundem investigações sobre o surgimento de focos de febre aftosa no Paraguai e Bolívia. Segundo Jânio de Souza, diretor substituto de Defesa Animal do Mapa, 'este trabalho é necessário para detectar se há relação entre eles'. No Paraguai foi encontrado vírus dos tipos A e O. Na Bolívia, suspeita-se de foco em Potosi, a 600 km da fronteira com o MT. O sacrifício de 300 vacas, cabras, ovelhas e veados em La Laguna, próximo a Pozo Hondo, Paraguai, foi prejudicado ontem pelo protesto dos indios guaranis. Eles acusaram 'veterinários argentinos que entraram no país para verificar focos' e programas de intercâmbio e engorda entre os dois países como responsáveis pela infecção.
No dia 20, técnicos do Mapa irão ao Paraguai auxiliar nas investigações em Boqueron, a 450km do MS. A Secretaria de Agricultura do PR determinou que bovinos, bubalinos, suínos, caprinos e ovinos vivos serão barrados e abatidos ao passarem pelo sistema de controle de trânsito internacional da fronteira e as carnes e derivados, destruídos.