Farinha com urina de rato apreendida no Paraná
"Toda semana tem apreensão de cargas de baixa qualidade aqui no porto, por diversos motivos"
![Foi um caso considerado muito grave](https://www.agrolink.com.br/upload/imagens-resizes/224675030b5d42168aed0b1c19623ce4_858x483.jpg)
Uma carga de 52 mil quilos de farinha de trigo proveniente da Argentina e destinada ao Brasil foi apreendida por auditores fiscais federais agropecuários no Porto Seco Multilog, em Foz do Iguaçu, Paraná, em 3 de abril. A carga estava contaminada com urina de rato e insetos. A quantidade retida seria suficiente para fabricar um milhão de pães franceses.
O auditor agropecuário Marcelo Tursi destacou que se cada pessoa ingerisse um pão feito com o produto contaminado, poderia resultar em um milhão de pessoas doentes. A inspeção minuciosa revelou embalagens de cerca de mil quilos armazenadas em duas carretas, contendo 10,4 mil pacotes de 5kg de farinha de trigo prontos para venda em supermercados.
"Essa vistoria é feita em 100% das cargas importadas e exportadas que entram com produtos agropecuários no pátio do porto todos os dias. A fiscalização inclui coleta de amostras dos produtos e encaminhamento ao laboratório, além de ser feita análise física e verificada a carga de forma geral e criteriosa", explicou Tursi. "Toda semana tem apreensão de cargas de baixa qualidade aqui no porto, por diversos motivos, principalmente insetos. Mas este caso foi mais grave. A prevenção deste tipo de situação só é possível graças ao trabalho intensivo de fiscalização diária dos profissionais", acrescentou o auditor.
Segundo Marcelo Tursi, a farinha de trigo provavelmente seria destinada a indústrias e padarias do Paraná e, depois de embalada, estaria disponível ao consumidor em estabelecimentos comerciais. Após a apreensão da carga, os insetos encontrados são enviados para laboratório para identificação da espécie. Se houver risco para a agricultura brasileira, a carga é devolvida imediatamente ao país de origem. Neste caso, a mercadoria será devolvida à Argentina e o exportador poderá optar pela sua destruição. O trabalho de inspeção e fiscalização é tão criterioso que mesmo a presença mínima de pelo de rato na análise desclassifica toda a mercadoria para consumo.