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FAO prevê uma produção menor de cereais este ano


A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) reduziu em 2,6% sua projeção da produção mundial de cereais. Os principais motivos para a previsão de queda da colheita de grãos são a forte seca registrada em importantes países produtores e a onda de calor na Europa que prejudicou as lavouras.

A FAO prevê que a produção mundial do ano-safra 2003/04 chegue a 1,87 bilhão de toneladas, em comparação ao volume de 1,91 bilhão de toneladas prevista em junho, segundo revelou ontem a organização com sede em Roma. Mesmo assim, o prognóstico é de 1,8% mais que na safra passada.

Calor excessivo

"Foram mencionadas as condições excessivamente secas e as temperaturas excepcionalmente altas vigentes em todo o continente europeu, desde a Península Ibérica, na região ocidental, até as principais planícies produtoras da Comunidade dos Países Independentes, na região oriental", ressalta a FAO em seu relatório.

De acordo com as informações da entidade de alimentos e agricultura da ONU, temperaturas de até 30º Celsius causaram fortes danos de bilhões de euros à indústria agrícola européia.

Em meados de agosto os preços do trigo chegaram à sua cotação recorde dos últimos nove meses na bolsa norte-americana, a Chicago Board of Trade (CBoT), como reflexo do temor de que o clima pudesse provocar perdas das safras na Europa e na Ucrânia, o que intensificou a demanda por cereais de procedência norte-americana.

A quebra de 2,2% da safra de trigo - que totaliza 556,4 milhões de toneladas, em seu menor volume dos últimos oito anos - não poderá ser compensada com o aumento das safras de grãos forrageiros e arroz, segundo a FAO.

A safra de grãos forrageiros aumentará 3,8%, para 912,8 milhões de toneladas, enquanto a de arroz deverá ter um crescimento de 3,2%, para 396,2 milhões de toneladas, segundo o órgão da ONU.

O consumo mundial de cereais deverá alcançar 1,960 bilhão de toneladas em 2003/04, volume quase equivalente ao do ano-safra anterior, porque o mundo está usando mais grão forrageiro e arroz e consumindo menos trigo, segundo informações do relatório da FAO.

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