FAO mira esforços em agricultura sustentável
“Se quisermos superar esses desafios, devemos reconhecer plenamente que a agricultura é uma parte fundamental"
Foto: Divulgação
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) está na vanguarda dos esforços globais para promover inovações em bioeconomia e tornar nossos sistemas agroalimentares mais sustentáveis, disse hoje o diretor-geral QU Dongyu em uma conferência da União Europeia em Bruxelas. Qu discursou na conferência, intitulada The Bioeconomy - Enabling the European Green Deal in Challenging Times , durante sua sessão de abertura de alto nível, juntamente com os principais membros da Comissão Europeia, representantes da presidência tcheca da UE e Estados-Membros.
O Diretor-Geral observou que uma economia baseada na biotecnologia, com bioindústria e bioprodutos, juntamente com inovações, pode desempenhar um papel importante para enfrentar os desafios atuais, que vão desde o impacto crescente da crise climática até o aumento da alimentação e preços de produção em meio a conflitos em curso e à guerra na Ucrânia. Enquanto isso, o último relatório da FAO sobre O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo informa que até 828 milhões de pessoas passaram fome no ano passado – um aumento de 150 milhões desde 2019.
“Se quisermos superar esses desafios, devemos reconhecer plenamente que a agricultura é uma parte fundamental da solução e que a inovação nos sistemas agroalimentares é fundamental”, disse Qu. “Devemos usar a ciência e a inovação para ajudar a mitigar, adaptar e construir resiliência diante das mudanças climáticas e alcançar novos níveis de produtividade, qualidade, diversidade, eficiência e sustentabilidade ambiental nos sistemas agroalimentares”. A promoção de uma bioeconomia circular também pode ajudar a combater o flagelo da perda e do desperdício de alimentos. A comida perdida ou desperdiçada a cada ano pode alimentar 1,26 bilhão de pessoas, segundo estimativas da FAO.
