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Falta de vacina pode acometer doença em cães

A cinomose, doença infecto-contagiosa, causada por vírus e que atinge cães, pode ser previnida com vacina



Prevenir é o melhor remédio, principalmente quando se trata da saúde dos animais de estimação. Alguns deles, sensíveis, exigem os cuidados extras, ou seja, o seu dono jamais deve se esquecer das vacinas.

No caso da cinomose, doença infecto-contagiosa, causada por vírus e que atinge somente cães, independente da idade, todo cuidado é pouco, mais especificamente quando se trata de animais jovens até os três meses de vida, segundo a coordenadora do Centro de Controle de Zoonozes (CCZ), Silene Maurique Rocha, que também é veterinária.

Segundo Silene, pelo fato da cinomose não ser transmissível do animal para o homem, o tratamento não é feito via saúde pública e o proprietário do animal tem que procurar clínicas e profissionais especializados para os devidos cuidados com o bicho de estimação.

Outro fator preocupante e que exige maior cuidado diz respeito à época do ano. Segundo Silene, o inverno propicia a propagação da doença, pois geralmente é o período em que os animais têm a imunidade mais baixa. Outro fator que de acordo com ela favorece a propagação do vírus são os locais com grande população canina.

Conforme Silene, o fato do vírus ser muito resistente exige muitos cuidados por parte de quem teve ou tem um animal com a doença. “Uma das dicas é espalhar cal virgem em toda a área onde o animal doente esteve”, enfatizou.

Para prevenir, no entanto, Silene frisa que são necessárias todas as doses de vacinas, mais reforços, para que o animal fique protegido, pois, segundo ela, se o animal estiver com as vacinas em dia, mesmo que adquira a doença, terá chances de ser tratado e sobreviver. De acordo com a veterinária, a doença pode ser fatal se não for descoberta logo no início e o dono do animal deve estar atento, pelo fato de alguns sintomas serem parecidos com os da raiva.

Disse que a doença, apesar de não ser transmissível do animal para o homem e nem para felinos (gatos), de um cão para o outro pode ser transmitida por meio da secreção nasal ou da boca, fezes, água e alimentos, ou seja, por vias respiratórias ou via digestiva.

O animal contaminado deve ser isolado, pois o vírus vive no ambiente por vários dias. Uma pessoa que esteve em contato com um cão infectado, por exemplo, pode carregar o vírus até outro cão sadio.

Infecção

Após o cão ser infectado, o vírus fica incubado por um período de três a 15 dias, até o animal começar a apresentar os primeiros sintomas, como falta de apetite, febre, mal-estar e depressão.

A doença evolui em 3 fases. 1- respiratória: secreções nasais, pneumonia, dificuldade para respirar, tosse, secreções nos olhos, febre de até 41°C (dura em torno de dois dias); 2- fase gastrointestinal: diarréia, vômito, falta de apetite e febre (tudo volta ao normal por 2 a 3 dias ou até mesmo por meses e os sintomas desta fase duram de 1 a 2 semanas); 3- fase nervosa: apatia, dificuldade de locomoção, tremores musculares, convulsões e inflamações no cérebro resultando em alterações comportamentais, sendo que às vezes o animal nem reconhece o dono.

Índice de mortalidade é muito alto

O índice de mortalidade entre animais infectados é muito alto e caso o animal se recupere, em algumas situações pode ter seqüelas. Os sintomas das três fases podem apresentar-se juntos ou separadamente e o animal pode morrer tendo apresentado apenas uma das fases ou se recuperar tendo as três fases.

Entre a primeira e a segunda fase o animal apresenta melhora e volta a viver normalmente. Não há como saber se a doença evoluirá rápida ou lentamente. No entanto, para evitar sofrimento ao cão e como forma de prevenir a doença, segundo Silene, a única forma preventiva é a vacina.

A seqüência das vacinas é a seguinte: 1ª dose - vacina óctupla - dos 45 dias aos 2 meses de idade; 2ª dose - vacina óctupla - aos 3 meses de idade; 3ª dose - vacina óctupla - aos 4 meses de idade. Uma semana após a última dose da vacina óctupla, o animal deve receber a vacina anti-rábica. Outro lembrete importante frisado pela veterinária é de que os cães devem receber uma vez por ano o reforço das vacinas óctupla e anti-rábica.

Estas vacinas são preventivas e, se aplicadas corretamente, evitam que o cão contraia doenças como: cinomose, traqueobronquite infecciosa, hepatite infecciosa, leptospirose, parvovirose, parainfluenza, coronavirose e raiva.

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