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Falta de incentivo ameaça plantio de milho em Santa Catarina


Ás vésperas do início do plantio da safra de verão, a opção do agricultor pelo plantio da soja em detrimento do milho está deixando as lideranças do setor agrícola com os cabelos em pé. A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e a Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc) afirmam que se nenhum programa de incentivo for lançado pelo governo federal haverá redução de até 40% nas áreas mecanizadas plantadas com o cereal. Cooperativas e fábricas de sementes, apostam em reduções menos significativas, não maiores do que 10% na área total, mas não descartam a possibilidade de regiões altamente dependentes do cereal, como o caso de Santa Catarina, voltarem a enfrentar problemas de escassez. "Minha recomendação ao produtor é a seguinte: plante milho que haverá retorno", diz o secretário geral da Faesc, Enori Barbieri, prevendo uma nova explosão nos preços do cereal caso a redução na área plantada se confirme. Segundo ele, por um lado a situação deve beneficiar o produtor que insistir na cultura, mas por outro os criadores de suínos voltarão a amargar pesadas perdas. O desinteresse do produtor rural pelo milho têm duas causas básicas: o aumento dos custos de produção e a queda no preço do produto. A saca já está sendo comercializada em Santa Catarina ao preço mínimo de R$ 13,50, mas já esteve perto dos R$ 23,00, em plena colheita da safra de verão. Infelizmente o produtor olha muito para o momento atual e deixa de analisar as condições do mercado", lamenta o diretor da Agroeste Sementes, Neimar Brusamerela. Com base na procura pelas sementes de milho, ele aposta numa redução de cerca de 10% na área plantada com cereal e adverte sobre a possibilidade de a lavoura de soja não render o esperado pelo produtor. "A safra americana vai crescer e pode haver superoferta", continua. No Estado uma redução de 10% na área plantada significa a perda de 86 mil hectares. O milho foi cultivado esse ano (2002/2003) em 860 mil hectares. A produção foi de 4,2 milhões de toneladas para um consumo projeto entre 4,8 milhões e 5 milhões de toneladas.

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