CI

Falta de fertilizante: O que pode resolver o problema?

O preço do gás natural não tem perspectiva de queda. O petróleo permanece sob pressão



Foto: Divulgação

Além do aumento do preço do gás natural, que impacta a exportação de fertilizantes da China, a crise também tem motivos localizados nas implicações geopolíticas da Bielo-Rússia e seu ditador Aleksandr Lukashenko. A afirmação é dos analistas de mercado da TF Consultoria Agroeconômica.

“A Bielo-Rússia é responsável por 1/4 da produção mundial de cloreto de potássio. No poder desde 1994, Lukashenko perseguiu oponentes e reprimiu manifestações, o que levou seu país a ser alvo de sanções por parte da União Europeia e dos Estados Unidos. A falta de disponibilidade fez o preço disparar”, dizem os especialistas.

Confira também: Fator novo pode mudar preços da soja para 2022  

De acordo com José Mendonça de Barros, da MB Agronegócio, “há uma escassez física de material no mercado por causa das restrições comerciais com a Bielo-Rússia e o potássio é indispensável. É produzido em alguns lugares, como Canadá, Rússia, Bielo-Rússia e um pouco na China – que está travando as exportações de fertilizantes para proteger seu mercado interno”.

Há, também, de acordo com ele, “escassez e aumento dos preços do nitrogênio, que são fundamentais para todas as culturas. O preço do gás natural não tem perspectiva de queda. O petróleo permanece sob pressão”.

“Na questão do fornecimento de potássio, pode normalizar alguma coisa, mas entra o efeito da desvalorização do câmbio – o dólar está cada vez mais alto. Com isto, a pressão sobre os custos de produção para a agricultura vai continuar, mesmo em um cenário em que a União Europeia alivie a pressão sobre a Bielo-Rússia”, conclui Mendonça de Barros.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.