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Exportadora Comexim estima safra 2003/04 de café em 30,8 milhões de sacas


A exportadora Comexim divulgou o seu mais recente levantamento para a safra brasileira. De acordo com a empresa, a safra que vem sendo colhida deverá atingir a marca de 30,8 milhões de sacas, o que significa uma redução de 10,20% em relação à primeira estimativa, quando foi avaliada uma produção de 34,3 milhões de sacas. Se comparada com a projeção da Comexim para 2002/03, 48,1 milhões de sacas, a produção deste ano sofreu uma quebra de 38,46%. Os números de 2002 também foram revisados, só que para cima, uma vez que o primeiro levantamento da exportadora indicava uma produção de 48,1 milhões de sacas. A Comexim destacou que as viagens realizadas às regiões cafeeiras demonstraram que há um volume consideravelmente menor de café nas lavouras, o que levou a se fazer uma reavaliação para baixo. A empresa ressaltou ainda que a expectativa de uma safra menor neste ano fez com que os vendedores se retraíssem fortemente. A qualidade dos grãos foi avaliada como normal. A maturação do café é homogênea e o processo de colheita vem sendo executado sem sobressaltos devido, principalmente, a pouca presença de chuvas. O carry-over brasileiro, em 30 de junho, de acordo com os cálculos da exportadora, estaria em 5,3 milhões de sacas, sendo que a disponibilidade total na safra 2002/03 seria de 60,75 milhões de sacas. Com as exportações e o consumo, a disponibilidade em 1º de julho, de acordo com a empresa, atingiria a marca de 17,94 milhões de sacas.

Cafeteria —A rede colombiana de cafeterias Kaldivia Café está em expansão. Coordenada pelas indústrias "Quantik", que produz máquinas para processamento do grão, a rede iniciou, recentemente, o cadastramento de novos interessados em abrir franquias na Colômbia. Atualmente essa rede já conta com cinco pontos de venda, sendo dois em Bogotá e outros em Tunja, Popayán e Pasto. De acordo com Milena Prada Alvarez, diretora da empresa, as cafeterias aderiram inteiramente a proposta em voga no país de buscar um aumento de consumo do café. Além disso, a Kaldivia possui planos mais ousados e espera ter uma grande presença no mercado latino-americano até 2008. As cafeterias da marca oferecem cafés de diferentes regiões da Colômbia e procura dar um destaque especial à qualidade do produto oferecido. A nação sul-americana vem notando um crescimento na oferta de cafés no mercado interno, o que poderá refletir nos estagnados números do consumo. Recentemente, a Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia implementou uma nova rede de cafeterias, a Juan Valdez, que já funciona em alguns pontos do país e que fará sua estréia, ainda este ano, no mercado norte-americano.

Folder — A Secretaria de Agricultura de São Paulo lançou um novo folder de informação e publicidade do selo "Produto de São Paulo" para cafés tipo superior e gourmet. O folheto está sendo distribuído pela Associação Paulista de Supermercados para todos os seus associados, com o objetivo de ampliar o interesse do varejo para o programa de agregação de valor coordenado pelo governo paulista. As marcas Canecão, Spress Café, Ituano, Gran Reserva Coopinhal e Fran's Café já possuem o certificado conferido pelo Sistema de Qualidade - Produto de São Paulo e várias outras empresas estão em processo de auditoria para a futura certificação. O selo "Produto de São Paulo" já está sendo concedido também para carvão vegetal premium, também com apoio da Apas, e a Secretaria está finalizando a definição das normas para algodão em pluma, leite, carne suína e carne bovina.

Nestlé — Mesmo contando com mais de 400 produtos fabricados, a companhia de alimentos Nestlé pretende elevar sua produção e levar seu café a locais públicos com a instalação de máquinas de café pronto no México. A empresa espera chegar a dezembro com seis mil aparelhos instalados. A empresa líder no mercado de café solúvel busca agora ampliar suas vendas – cerca de 500 milhões de dólares anuais – levando o café preparado nos locais onde mais se encontram os consumidores. A revista Expansión, publicada mensalmente, em sua edição sobre as 500 empresas mais importantes do México, menciona que a Nestlé instalou máquinas de café pronto e com sabores variados em algumas lojas de Guadalajara e Monterrey. Devido à boa aceitação, a companhia começou um projeto para instalar 30 mil máquinas italianas de design próprio em universidades, fábricas, oficinas, centro comerciais e aeroportos do país. Com isso, aumenta a divulgação e, a Nestlé entraria no mercado mundial das bebidas em máquinas automáticas, avaliado até o momento em 9,5 bilhões de dólares. Há cerca de 20 anos a empresa iniciou um programa de compra direta do grão de cooperativas e proprietários particulares, e em 2001, iniciou um esquema de apoio em Tezonapa, Veracruz, para o cultivo de robusta, necessário para a elaboração do Nescafé. A revista especializada aponta ainda que a firma tem ampliado seus projetos de mercado além da produção de café, seja no desenvolvimento de água mineral, comida pronta, chás gelados, leites aromatizados e chocolates.

Ajuda — O PMA (Programa Mundial de Alimentos) da ONU destinou a El Salvador um carregamento de alimentos para cerca de 60 mil trabalhadores das zonas cafeeiras afetadas pela crise internacional do café. O representante do PMA, Jaime Villaure, disse que o carregamento será distribuído nos próximos dias nos departamentos de Sonsonate e Ahuachapán, na região oeste do país, onde se gera, pelo menos, 30% da produção nacional do café. Villaure afirmou que a ajuda, que ultrapassa 1 milhão de dólares e se estenderá por seis meses nas zonas afetadas, foi patrocinada desde os Estados Unidos até o Japão. O pacote alimentício consiste em um mistura de milho, soja, feijão e azeite. A assistência do PMA é feita de duas maneiras. Uma é o fornecimento dos alimentos, que ajudam evitar ou recuperar às crianças menores de 5 anos com desnutrição e às mães grávidas ou com recém nascidos. A segunda maneira consiste em, junto com o governo e organizações não governamentais, fazer com que os adultos desenvolvam trabalhos, aproveitando sua experiência e prática em hortas e currais. Conforme o representante do PMA, o objetivo é fazer com que essas pessoas que perderam seus empregos na zona do café, possam ter uma nova alternativa de trabalho, evitando assim a necessidade de uma nova ajuda humanitária. Segundo estatísticas do Conselho Salvadorenho de Café, o parque cafeeiro do país, de 160.784 hectares, gerou cerca de 53 mil empregos na última safra. Nos anos 90, eram gerados até 163 mil empregos, mas, devido à crise internacional, o número foi diminuindo. A produção de café para o ano safra 2002/03 no país centro-americano foi estimada em 1,42 milhão de sacas, a mais baixa dos últimos 40 anos.

Broca — As autoridades agropecuárias panamenhas têm levado ao extremo os controles contra a broca nos postos aduaneiros com a Costa Rica. A razão é a aparição da praga nos cafezais do país vizinhos. O Panamá, que está livre da broca há anos, teme que possa haver uma infestação, principalmente, devido ao fluxo de indígenas panamenhos que trabalham nas zonas cafeeiras costarriquenhas e que retornam a suas moradias. Segundo a ministra de Desenvolvimento Agropecuário, Linette Stanziola, está sendo mantido um estado de alerta máximo na região da fronteira com a Costa Rica. Nessas áreas foram reforçados os postos de controle e as pulverizações. No entanto, os cafeicultores estão buscando mecanismos de contingência no caso de a praga voltar a atacar as lavouras locais, dentre eles, o cultivo de insetos depredadores da broca. O cafeicultor da província ocidental de Chiriquí, que faz fronteira com a Costa Rica, Plínio Antonio Ruiz, afirmou que a ameaça está cada vez mais evidente e é necessário estar preparado para fazer frente ao problema. O produtor está buscando criar em sua propriedade a avisca, animal que se alimenta da broca. Na Costa Rica, a praga vem causando danos em cerca de sete mil hectares de cafezais, o que representa, aproximadamente, 10% da área total plantada no país.


Em destaque

* O processamento de café nos Estados Unidos em 2003, até o último dia 12 de julho, atingiu a marca de 9,780 milhões de sacas, informou a Coffee Publications Incorporation. O volume aferido é 1,56% maior que o verificado no mesmo período do ano passado — 9,63 milhões de sacas. Na semana encerrada em 12 de julho, as indústrias do maior consumidor mundial processaram 275 mil sacas.

* O Peru efetuou a exportação de 253.781 sacas em junho, apontou o Escritório Nacional de Café do Peru. O volume aferido é 7,38% menor que o verificado no mesmo mês do ano passado, quando 273.997 sacas foram embarcadas. Entre outubro de 2002 (início da safra atual) e o final de junho, o país sul-americano remeteu 1.637.110 sacas ao exterior, contra 1.554.010 sacas do mesmo período do ano safra passado.

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