Exportações do agronegócio voltam a crescer em maio
Houve aumento de 23% no valor e 27% no volume comercializado
Maio registrou um novo crescimento nas exportações do agronegócio. Em comparação com o mesmo período de 2022, houve um aumento de 23% no valor, saindo de US$ 998 milhões para US$ 1,2 bilhão. Em volume, foram 1,7 milhão de toneladas, elevação de 27%. Somente soja em grãos foram 596 mil toneladas, alta de 258%, maior volume registrado desde outubro de 2022. Do total embarcado no Rio Grande do Sul no último mês, 89% foi oriundo do setor. Em relação ao mês de abril de 2023, o aumento foi de 17% no valor e 7% no volume. Os dados foram divulgados pela Farsul, nesta terça-feira (13/6).
No acumulado dos cinco primeiros meses de 2023, o agronegócio gaúcho atingiu US$ 5,8 bilhões, valor 5% maior ao exportado no mesmo período de 2022. Em relação ao volume, o movimento foi de queda, ficando em 8,5 milhões de toneladas, retração de 3%. A análise da Assessoria econômica da Farsul aponta uma recuperação nas exportações da carne bovina após o episódio atípico da doença da Vaca Louca. Na comparação entre abril e maio, o crescimento foi de 83% no valor e 55% no volume.
O crescimento dos embarques de soja está relacionado ao escoamento da produção de outros estados pelo porto de Rio Grande em razão das operações de Paranaguá e Santos estarem no limite. O produto gaúcho se mantém em patamares baixos em virtude de duas estiagens consecutivas que resultaram em redução de estoques que são direcionados ao mercado interno.
O arroz está com as exportações aquecidas com elevações de 535% no valor exportado e 558% no volume. Os principais destinos são México e Costa Rica. Já o trigo apresenta queda na comercialização em razão da forte oferta internacional com preços bastante agressivos tirando competitividade do grão nacional.
Nas importações, o grupo Adubos (fertilizantes) e seus ingredientes passou de US$ 389 milhões em maio de 2022 para US$ 268 milhões no mesmo período de 2023. Em volume o registro foi de alta de 480 mil toneladas para 606 mil toneladas. Isso representa uma queda de 31% no valor e aumento de 26% no volume.
As exportações para a Ásia (sem Oriente Médio) totalizaram US$ 604 milhões e 939 mil toneladas. A Europa atingiu US$ 220 milhões, sendo US$ 183 milhões para a União Europeia. Em seguida temos o Oriente Médio com US$ 58 milhões, América do Norte com US$ 129 milhões, América do Sul com US$ 133 milhões, África com US$ 52 milhões, Oceania com US$ 11 milhões e América central e caribe com US$ 23 milhões.
Quanto aos países, a China aparece em primeiro lugar com US$ 351 milhões e participação de 28% no valor. Em segundo lugar temos Estados Unidos com 6,7%, Tailândia com 5,5%, Argentina com 4,9% e Índia com 4,8%. Excluindo a China, 325 mil toneladas de produtos do foram exportadas para o continente asiático. Este volume é 34% maior do que o embarcado para a União Europeia. Destaque para Tailândia (134 mil toneladas), Vietnã (89 mil toneladas) e Índia (57 mil toneladas).