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Exportações de soja em alta: Brasil lidera mercado chinês

Crescimento reflete a forte demanda internacional



Foto: Pixabay

As exportações de soja do Brasil estão em alta, consolidando a posição do país como líder no mercado global. Em junho, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) anunciou um aumento nas exportações de soja, que atingiram 14,88 milhões de toneladas, comparado a 13,78 milhões de toneladas no mesmo período do ano anterior. Este crescimento reflete a forte demanda internacional, especialmente da China, que continua a ser o maior comprador do grão brasileiro.

Segundo análise da Hedgepoint Global Markets, enquanto as exportações apresentam um cenário positivo, a produção de soja no Brasil para 2024 pode enfrentar desafios. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) revisou para baixo sua previsão de produção, agora estimada em 152,5 milhões de toneladas, levemente inferior à previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que é de 153 milhões de toneladas.

No entanto, as exportações brasileiras de soja para a China mostram um desempenho robusto. Em junho, o Brasil exportou 8,8 milhões de toneladas de soja para o país asiático, representando quase 90% do total das importações chinesas. Em contraste, as importações chinesas de soja dos Estados Unidos quase triplicaram no mesmo período, alcançando 1,27 milhões de toneladas em comparação com 0,49 milhões de toneladas no ano anterior. Apesar desse aumento, a participação dos EUA no mercado chinês permanece significativamente menor.

Entre janeiro e maio deste ano, o Brasil exportou 24,71 milhões de toneladas de soja para a China, um crescimento de 23% em relação ao ano anterior. Por outro lado, as exportações dos EUA para a China caíram 34%, totalizando 10,85 milhões de toneladas. A Argentina contribuiu com uma participação mínima, exportando apenas 0,2 milhões de toneladas para o mercado chinês.

Os produtores norte-americanos enfrentam um dos programas de exportação de soja mais lentos dos últimos 20 anos. Muitos agricultores estão retendo grãos, aguardando uma melhora nos preços. Em contrapartida, os compradores chineses aproveitam a oferta abundante e os preços competitivos do Brasil, dando ao país sul-americano uma vantagem competitiva significativa.

A crescente demanda chinesa e a oferta competitiva do Brasil colocam o país em uma posição privilegiada no mercado global de soja. No entanto, a redução nas previsões de produção para 2024 é um sinal de alerta para os produtores brasileiros, que precisarão navegar cuidadosamente entre os desafios climáticos e de mercado para manter o ritmo de crescimento das exportações.

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