Exportações de carne bovina disparam em fevereiro
Mercado do boi estável em São Paulo
Na primeira semana de março, as cotações da arroba permaneceram estáveis, indicando um cenário de lentidão tanto nas negociações de animais prontos para o abate quanto no escoamento de carne, conforme revelado pela análise do informativo "Tem Boi na Linha".
O aumento da pressão de baixa sobre a arroba por parte dos compradores levou os pecuaristas a se retirarem do mercado, uma tendência que se tornou viável devido à maior disponibilidade de pastagens, impulsionada pela temporada de chuvas no estado.
Na região do Rio Grande do Sul, a unidade da Marfrig em Alegrete anunciou a suspensão do abate de bovinos, além de comunicar férias coletivas de 10 dias para os funcionários. A justificativa para essa medida foi a escassez de bovinos para o abate.
Agentes do mercado atribuem a baixa oferta à retenção de gado pelos pecuaristas, que enfrentam preços pouco atrativos. Apesar desse contexto, as cotações permaneceram estáveis no oeste gaúcho.
Em relação ao desempenho da exportação de carne bovina em fevereiro, os números foram significativos. Ao longo dos 19 dias úteis, foram exportadas 179,1 mil toneladas de carne in natura, um aumento de 41,7% em comparação com fevereiro de 2023. O volume diário embarcado aumentou em 34,2%, totalizando 9,4 mil toneladas. No entanto, a cotação da tonelada registrou uma redução de 6,7% em relação ao ano anterior, alcançando US$4.526,10. A China permanece como o principal destino da carne brasileira, com 49,6% de participação, seguida pelos Estados Unidos, com 7,7%, e Emirados Árabes Unidos, com 6,7%.