Exportações de carne bovina devem manter recordes em 2020
“Com relação a demanda doméstica, os sinais de recuperação têm sido mais consistentes com o avanço do ano"
As exportações brasileiras de carne bovina vêm batendo recordes consecutivos no ano de 2019, motivadas pela Peste Suína Africada em grandes produtores mundiais e, segundo uma nova estimativa do Rabobank, esse senário deve seguir no ano que vem. A instituição divulgou o seu relatório de expectativas para o agronegócio brasileiro.
“China, Hong Kong e Egito são os principais destinos, respectivamente, com os chineses registrando o maior aumento nos volumes importados, de 40% (janeiro a outubro) em comparação com o mesmo período do ano anterior. O Rabobank espera mais um ano de exportações recordes, com os dados parciais mostrando um incremento de 10% no comparativo anual”, diz o texto.
Além disso, o Rabobank indicou também que “as exportações devem crescer cerca de 10,6% em 2020, principalmente por conta da demanda chinesa que se manterá aquecida, e também do acesso a novos mercados que foram alcançados durante este ano. Nesse cenário, ainda existe o acordo com a Indonésia – 4° país mais populoso do mundo (2018) - onde foram habilitadas dez plantas com cota anual inicial de 25 mil toneladas. “E também a Arábia Saudita que habilitou 8 novos frigoríficos para exportação no começo de novembro”, completa.
“Com relação a demanda doméstica, os sinais de recuperação têm sido mais consistentes com o avanço do ano. Aumentos na criação de empregos formais, reduções contínuas nas projeções das taxas de juros e melhoras nos indicadores de consumo do varejo tem resultado em maior poder de compra do consumidor e consequente elevação da demanda interna pela carne. Para 2020, assim como no ano anterior, existe a expectativa de crescimento mais significativo, mas a depender da velocidade de crescimento da economia”, indica.
Como pontos de atenção, a instituição destaca o aumento de 15 para 37 plantas habilitadas a exportar para China, pode ampliar ainda mais o volume exportado em 2020 e a retomada de forma mais consistente das importações da Rússia neste ano, sinaliza mais um potencial mercado que deve ser explorado no próximo ano.