As exportações brasileiras de café somaram 11,18 milhões de sacas no primeiro semestre de 2003, movimentando US$ 541 milhões, segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). O volume é 10% maior que as vendas realizadas no primeiro semestre de 2002, enquanto a receita subiu 30% no mesmo período. Apesar do aumento semestral, nos últimos dois meses -- em plena fase de colheita do grão -- os volumes embarcados começaram a cair. No mês de junho as vendas externas somaram 1,74 milhão de sacas, volume 14% menor que o total apurado em maio e 15% inferior aos embarques de igual período do ano passado. A redução deve colocar as vendas externas do País em 25,5 milhões de sacas ao longo deste ano, uma queda de 9% sobre as vendas de 2002, estimadas em 28 milhões de sacas. Projeções de
Guilherme Braga, diretor geral do Cecafé, apontam para vendas de aproximadamente 14 milhões de sacas de 60 quilos no segundo semestre do ano, em comparação com as 17 milhões vendidas no segundo semestre de 2002.
No primeiro semestre do ano, as vendas de café robusta somaram 1,6 milhão de sacas, um aumento de 4,7% sobre as exportações de janeiro a junho de 2002. Já as vendas de arábica cresceram 11% em igual período, para 9,4 milhões de sacas. As vendas de café solúvel, ainda que sejam as de menor volume, foram as que apresentaram melhor desempenho no período, com aumento de 13,8%, para 1,3 milhão de sacas.
O aumento de 30% da receita verificado no período se deve à melhoria dos preços internacionais. "Estamos operando com valores, em média, 20% maiores que os praticados em igual período do ano passado", diz Braga.