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Exportações de arroz caem 78% em Santa Catarina

Santa Catarina continua como o segundo maior estado exportador de arroz do país



Foto: USDA

O Boletim Agropecuário de agosto, publicado pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), revelou que os preços do arroz em casca continuaram em queda durante o mês de julho, fechando o período a R$106,52 por saca de 50 kg. Essa tendência de baixa se iniciou em junho e manteve-se estável nos primeiros dias de agosto. A principal razão para essa redução é o aumento da oferta interna, impulsionada pela finalização da colheita em Santa Catarina e pela subsequente comercialização do grão.

Segundo o Boletim, apesar da queda nos preços, a safra manteve uma média de preço elevada desde o início. Este comportamento se deve às dificuldades enfrentadas desde o plantio, que indicavam uma possível quebra de safra, embora o resultado final tenha sido mais positivo do que o esperado.

No Rio Grande do Sul, os produtores experimentaram uma elevação nos preços em julho e início de agosto, motivada pela alta do dólar e pelo aumento das exportações. A expectativa para o segundo semestre é de que os preços subam, devido ao período de entressafra e à concentração das vendas para a indústria no primeiro semestre.

Em relação ao comércio internacional, Santa Catarina continua como o segundo maior estado exportador de arroz do país. De janeiro a julho de 2024, o estado exportou US$1,94 milhão, principalmente para Gambia, Trinidad e Tobago, e Senegal. No entanto, esse valor representa uma queda de 78% em comparação ao mesmo período de 2023, quando a moeda americana mais favorável e problemas na safra dos EUA impulsionaram as exportações brasileiras.

Por outro lado, as importações catarinenses de arroz cresceram 76,04% no mesmo período, refletindo a maior demanda interna e os preços internacionais competitivos. Entre os principais fornecedores estão Uruguai (56%), Paraguai (11%) e Tailândia, que representou 11% das importações no primeiro semestre de 2024, beneficiada pelo imposto zerado para países fora do Mercosul.

A safra de verão de 2024 em Santa Catarina foi oficialmente encerrada em junho, registrando uma redução de 0,9% na área plantada em comparação com a safra anterior. Esse declínio ocorreu principalmente no Litoral Norte e no Alto Vale do Itajaí, regiões impactadas pela conversão de áreas agrícolas em urbanas e por eventos climáticos adversos. No total, a produção estadual caiu 8,41%, com destaque negativo para o Sul Catarinense, maior região produtora, que sofreu uma redução de 10% na produtividade em relação ao ano passado. A produção final do estado foi de 1,158 milhão de toneladas, destinadas à indústria.

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