Excesso de umidade atrasa colheita de hortaliças no Rio Grande do Sul
Granizo e ventos afetam produção de folhosas no sul do estado
Segundo dados do Informativo Conjuntural publicado na última quinta-feira (03) pela Emater/RS, na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as recentes chuvas volumosas causaram impactos significativos nas lavouras de coentro destinadas à produção de sementes, principalmente em Hulha Negra. De acordo com os técnicos, alguns produtores aproveitaram a umidade para aplicar uma segunda cobertura de fertilizante nitrogenado, buscando restabelecer o crescimento das plantas. Entretanto, em Candiota, o excesso de umidade tem prejudicado o desenvolvimento das lavouras e dificultado o acesso para os tratos culturais, atrasando a aplicação de ureia e herbicidas em várias áreas. Em regiões mais baixas, onde houve acúmulo de solo devido à erosão, foi necessário replantio.
Além disso, em Bagé, fortes ventos registrados no dia 23 de setembro causaram danos nas estufas de três produtores de olerícolas, afetando principalmente a produção de hortaliças. O excesso de chuvas e umidade no solo também atrasou as operações de limpeza dos canteiros e o plantio de novas culturas, além de prejudicar o desenvolvimento das plantações já estabelecidas. Os produtores de alface, que já enfrentam um cenário de oferta elevada, relataram uma queda acentuada nos preços durante o mês de setembro. Em Santana do Livramento e Quaraí, houve danos pontuais em lavouras de folhosas devido à ocorrência de granizo, conforme o Informativo.
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Na região de Ijuí, as olerícolas apresentam bom desenvolvimento, embora o excesso de produção de algumas culturas de inverno tenha levado os produtores a antecipar a colheita e reduzir os preços, especialmente de alface e repolho. Há relatos de alta infestação de diabrótica nas culturas de pepino, tomate e vagem, exigindo monitoramento constante e controle mais frequente. Além disso, a traça-das-crucíferas continua a atacar repolho, couve-flor e brócolis, enquanto os produtores já preparam as culturas de verão, beneficiadas pelo clima favorável para o estabelecimento inicial.
Em Passo Fundo, a redução das chuvas e o aumento da insolação proporcionaram melhores condições para o desenvolvimento das hortaliças. Os produtores seguem realizando adubações, tratamentos fitossanitários e controle de ervas daninhas. A comercialização está fluindo normalmente nas feiras e supermercados, com preços estabilizados para alface, rúcula, couve-folha e temperos.
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Na região de Pelotas, as chuvas intensas dificultaram o preparo do solo e o transplante de mudas, além de aumentar a incidência de doenças fúngicas e bacterianas em várias culturas. Apesar disso, a oferta de brócolis e couve-flor permanece estável, enquanto outras folhosas, como alface e couve, tiveram uma redução na disponibilidade. Já as colheitas de batata-doce, pimentão e tomate foram encerradas.
Em Santa Maria, apesar do aumento da oferta, os preços das hortaliças mantiveram-se relativamente altos. Os produtores estão vendendo alface a R$ 30,00 a dúzia, tomate a R$ 140,00 por caixa de 20 kg, e batata-doce a R$ 40,00 por caixa. Em Santa Rosa, a chegada de uma frente fria no final de setembro trouxe ventos fortes e chuvas, causando danos em algumas áreas de produção de hortaliças. No entanto, o abastecimento não foi comprometido. O cultivo de pepino para conserva está em andamento, com os produtores utilizando bandejas para produzir mudas e reduzir custos.
Na região de Soledade, as fortes chuvas no Baixo Vale do Rio Pardo impactaram as hortaliças cultivadas a céu aberto, principalmente alface, mas a oferta e os preços continuam estáveis no mercado.